dengue (Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 06h02.
Apesar de ainda não ter feito nenhuma vítima em 2015, a ocorrência de dengue no município de São Paulo está acima de níveis razoáveis e preocupa as autoridades, segundo o secretário-adjunto de Saúde da capital paulista, Paulo Puccini.
A ocorrência da dengue é inusitada e acima dos níveis razoáveis, que preocupa a nós, profissionais de saúde, a nós, secretaria, e que deve preocupar a todas as famílias e toda a sociedade, disse Puccini, em entrevista coletiva na tarde de quinta (12), na prefeitura de São Paulo.
No período de 4 a 31 de janeiro, 1 368 casos de dengue foram confirmados na cidade, dos quais 220 autóctones (contraídos no município).
No mesmo período de 2014, a cidade teve 743 casos confirmados e, destes, 81 autóctones. No total, houve elevação de 84% nos casos confirmados da doença em 2015.
Apesar da elevação, a doença ainda não causou nenhuma vítima e apenas um óbito está em análise. Segundo a prefeitura, os casos confirmados de dengue até a quarta semana estão concentrados principalmente na zona norte região mais afetada pela falta de água, seguido das zonas oeste e sul.
Entre as hipóteses levantadas pela Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) para o aumento dos casos neste ano, estão as altas temperaturas e o acúmulo de água limpa sem proteção, devido à crise de abastecimento dos últimos meses.
As pessoas têm o direito de se defender da falta de água. Mas se forem guardar água, devem faze-lo em um recipiente bem fechado ou com tela, disse o secretário.
Desde novembro do ano passado, a secretaria municipal de Saúde estabeleceu que os serviços públicos e privados de saúde devem realizar, em até 24 horas, a notificação compulsória dos casos suspeitos.
Foram criados comitês locais de prevenção nas subprefeituras para fortalecer o contato com a comunidade.