ponte-estaiaia (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.
São Paulo - A Prefeitura de São Paulo avalia desistir do programa que criaria 120 áreas de Wi-Fi grátis em parques, avenidas de grande movimento de pedestres e bairros da periferia da cidade, como Cidade Tiradentes e São Miguel Paulista.
De acordo com técnicos da prefeitura, o programa considerado caro por especialistas, corre o risco de ser cancelado ou, ao menos, adiado. A medida pode ser tomada em função da decisão da Prefeitura de manter a tarifa dos ônibus em R$ 3 reais, cancelando o aumento de 20 centavos em vigor.
O aumento no preço das passagens foi o estopim de uma série de manifestações de rua na cidade, pressionando o governo municipal a desistir do aumento. Ao anunciar o recuo, no entanto, o prefeito Fernando Haddad, afirmou que seria necessário cortar investimentos para compensar a perda de receita. Sem o reajuste nas passagens, a prefeitura terá que separar uma verba maior de seu orçamento para subsidiar o transporte público.
De acordo com a Prodam, empresa de TI da cidade de São Paulo, há desde maio uma consulta pública em curso para definir o edital que contrataria as empresas para oferecer o Wi-Fi grátis.
A ideia original, informa a Prodam, é cobrir 120 áreas em todo o município, como o Parque do Ibirapuera e o Vale do Anhangabaú. A meta da Secretaria de Serviços da Prefeitura e da Prodam era concluir a licitação até o mês de julho, iniciando sua implantação definitiva em outubro.
O edital define que as redes devem operar em duas frequências, 2,4 GHz e 5 GHz, devendo atender a todas as especificações do padrão Wi-Fi. Além disso, cada hotspot deve contar com uma conexão de pelo menos 512 kps de downlink e uplink para cada usuário simultâneo. A prefeitura paulistana também determinou que a rede tenha eventual restrição de sites e conteúdo, como o bloqueio de sites de sexo, além de controle individual de tráfego.
A desistência do projeto, no entanto, não está definida. A prefeitura procura ainda outras formas de compensar o aumento nos custos com subsídio para o setor de transportes. Uma das tentativas do prefeito Haddad foi negociar uma diminuição em impostos federais que incidem sobre o custo de pneus e diesel. O Ministério da Fazenda, no entanto, afirmou que a esta desoneração não será possível.