Mão segura uma bitcoin: outras empresas além da Samsung têm se interessado pela tecnologia (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2015 às 21h31.
A Samsung Electronics Co. está trabalhando com a International Business Machines Corp. para dar novos usos à tecnologia dos bitcoins.
Embora o preço do bitcoin tenha caído quase pela metade nos últimos doze meses e as perspectivas para a moeda digital sejam incertas, o software que ela tem por base está atraindo empresas como fabricantes de telefones, operadoras de telefonia e bancos.
O motivo é que essa tecnologia pode ser modificada para registrar as mudanças de propriedade de qualquer ativo em um livro-razão público através de uma rede distribuída de computadores ou smartphones. Ela poderia ajudar a facilitar todos os tipos de transações on-line.
A Samsung Research America, divisão com sede no Vale do Silício, conta com pesquisadores que analisam o uso da chamada “blockchain” (cadeia de blocos) do bitcoin para criar meios melhores de comprovar que “aquilo que você diz que é autêntico de fato seja autêntico”, disse Steven Rahman, diretor de estratégia da divisão de pesquisa.
A Samsung fabrica vários produtos eletrônicos, como smartphones Galaxy, eletrodomésticos e aparelhos de TV.
A empresa com sede em Suwon, Coreia do Sul também administra serviços de rádio de músicas, vídeo e pagamentos digitais, além de oferecer diversos aplicativos.
“A tecnologia da blockchain é muito interessante no geral, e pode ser aplicada a muitas áreas”, disse Rahman. “A moeda é apenas o primeiro caso de uso. É possível imaginar que qualquer coisa, como receitas médicas, poderia ser administrada com a tecnologia da blockchain”.
Normalmente, a Samsung Research America desenvolve tecnologias que poderiam ser utilizadas em produtos comerciais dentro de dois a cinco anos, disse ele, sem querer dar mais detalhes sobre o projeto com bitcoins.
Armazenamento alternativo
A blockchain dos bitcoins poderia possibilitar transferências de dinheiro mais econômicas e ser utilizada para armazenar arquivos, como músicas e vídeos, que atualmente exigem que as empresas comprem centenas de servidores ou aluguem capacidade de outros fornecedores de serviços.
Outras empresas têm se interessado pela tecnologia. O braço de capital de risco da Orange SA com sede no Vale do Silício disse que está buscando investir em startups de bitcoins.
Neste ano, o Nasdax OMX Group Inc. vendeu licenças de sua tecnologia para uma trading company de bitcoins, e a Bolsa de Nova York investiu na startup de bitcoins Coinbase.
Steve Tomasco, porta-voz da IBM, não de retorno a um pedido de comentários.