San Francisco - A Samsung Electronics, a Intel e a Dell se uniram para estabelecer padrões para que aparelhos eletrônicos domésticos como termostatos e lâmpadas sejam compatíveis entre si, em oposição ao modelo apoiado por Qualcomm, LG Electronics e outras companhias.
O novo Open Interconnect Consortium, similar ao consórcio AllSeen Alliance apoiado pela Qualcomm, tem como meta estabelecer como aparelhos inteligentes operam em conjunto, em uma tendência que vem sendo chamada de "Internet das Coisas".
As fabricantes estão lançando um número crescente de alarmes contra ladrões, televisões e interruptores conectados à Internet. Mas, como nos primeiros dias dos gravadores de vídeo cassete, os produtos domésticos atuais são frequentemente incompatíveis uns com os outros.
O novo consórcio, que também inclui as fabricantes de chips Broadcom e Atmel, foi anunciado em um comunicado à imprensa na noite de segunda-feira.
Doug Fisher, diretor geral do grupo de software e serviços da Intel, disse à Reuters que o modelo desenvolvido pelo novo consórcio se dedicará a resolver problemas de segurança, entre outros, que atualmente não são tratados adequadamente pelo grupo AllSeen.
O aparecimento potencial de produtos domésticos inteligentes feitos por fabricantes que usam dois tipos de padrões incompatíveis seria acidental, disse.
"Não pretendemos criar isso. Apenas achamos que o setor se manifestou e há essa abordagem, que é necessária", disse Fisher. "Certamente acolheremos bem outros que queiram participar." Na semana passada, a Microsoft tornou-se o 51º membro do AllSeen Alliance, que também inclui Sharp e outros fabricantes de eletrônicos de consumo.
Os pesos pesados de tecnologia Apple e Google também estão buscando suas próprias maneiras de interligar dispositivos domésticos.
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1. Tendências
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1/11 (Getty Images)
São Paulo - O
Fórum Econômico Mundial (FEM) divulgou recentemente uma lista com as 10
tecnologias emergentes que devem bombar em
2014. As previsões vão de novidades na área de gadgets a terapias que despontam no campo da saúde e indicam
tendências que têm tudo para se concretizar neste ano. A seguir, veja a lista do FEM com as 10 tecnologias que devem decolar em 2014.
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2. Computação vestível
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2/11 (Reuters)
Gadgets como Google Glass e
relógios inteligentes são os primeiros filhotes da computação vestível - segmento que deve crescer neste ano segundo o FEM. De acordo com o órgão, dispositivos dessa área normalmente são pequenos, discretos e com vários sensores. As características apontariam os principais desafios a serem superados pelos fabricantes caso queiram tornar esse tipo de tecnologia mais popular: tamanho, performance e discrição. A previsão é que, até 2016, centenas de milhões de aparelhos do tipo já estejam sendo usados ao redor do mundo.
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3. Menos telas
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3/11 (Reprodução/Sony.com.br)
Nos próximos anos, gadgets sem tela podem se tornar cada vez mais comuns. Pelo menos, é o que afirma o relatório do FEM. "A falta de espaço fornece uma clara oportunidade para dispositivos sem tela", afirma o órgão. Em vez de telas, os dispositivos passarão a projetar imagens - seja na retina ou em outras superfícies, como já acontece com alguns modelos de
filmadora.
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4. Micróbio é remédio
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4/11 (David Wacey and Derek Gertsmann/AFP)
Para cada célula humana presente em nosso corpo, há outras 10 microbianas. Ao todo, estes microorganismos correspondem a cerca 3% de nossa massa e exercem um importante papel em nossa sobrevivência.
Aos poucos, eles começam a ser vistos como ferramentas para o tratamento de doenças como a obesidade, diabetes e outras anomalias. A ideia é usá-los em substituição aos antibióticos, que destroem a flora intestinal e podem gerar complicações.
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5. Terapias com RNA
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5/11 (Getty Images)
O RNA é um tipo de molécula responsável por traduzir as informações contidas no DNA em produção de proteínas usadas no funcionamento da célula. Muitas doenças envolvem problemas nesse processo e novas terapias têm atuado diretamente no RNA para tentar resolvê-las.
A opção por intervir no RNA é menos drástica que alterações no DNA, que geralmente são permanentes e não podem ser interrompidas subitamente. Caso venham a ser dominadas, as novas técnicas poderão ser usadas para combater doenças como câncer e diabetes - entre outras.
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6. Eu quantificado
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6/11 (Connie Zhou/Google)
Em tempos de Big Data e outros tipos de armazenamento e manipulação de dados, o eu quantificado é uma tendência que parece mesmo ter vindo para ficar.
Segundo a FEM, a coleta de informações por meio de diversas produtos se intensificou nos últimos dois anos graças ao barateamento dos sensores.
Com a captação de dados facilitada, já é possível pensar no uso dessas informações em várias áreas - que vão desde o planejamento urbano a diagnósticos médicos.
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7. Homens-máquinas
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7/11 (Miguel Nicolelis/Divulgação)
Se tudo der certo, um tetraplégico vai dar o pontapé inicial da Copa do Mundo no próximo dia 12 de junho. Pelo menos, esta é a promessa do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis.
Caso se concretize, o ato será um feito no campo das interfaces entre humanos e computadores - segundo o FEM, uma das áreas que devem crescer em 2014.
"A capacidade de controlar um computador usando só o poder da mente está mais próxima do que imaginamos", afirma o órgão em seu relatório.
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8. Do limão, uma limonada
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8/11 (Stock.Xchange)
No futuro, a água potável promete ser um recurso natural extremamente valioso. Para resolver este problema, diversas alternativas têm sido pensadas - entre elas, a dessalinização.
Entretanto, o passivo ambiental gerado pelo processo preocupa os estudiosos. De acordo com o FEM, o reaproveitamento dos restos da dessalinização é uma forma de tornar o processo economicamente viável e ambientalmente menos danoso.
Da salmoura que sobra da extração do sal da água, é possível retirar substâncias valiosas - como lítio, magnésio, urânio, sódio, cálcio e potássio. Caso as tecnologias nesse sentido se desenvolvam, a água se torna um problema menos preocupante.
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9. Como guardar eletricidade?
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9/11 (REUTERS/Paulo Santos)
Como guardar eletricidade? Essa é uma pergunta que intriga especialistas. Enquanto não surge a resposta, eles se desdobram em contas para que a produção corresponda exatamente a demanda e não haja desperdício.
Entretanto, isso pode estar prestes a mudar. Criados recentemente, supercapacitores de grafeno são carregados rapidamente e têm vida útil longa - no que pode ser uma resposta a esse desafio. Além deles, outras tecnologias em desenvolvimento podem resolver o problema.
"Claramente, o armazenamento de energia terá alto valor econômico no futuro", afirma o FEM. Agora, resta saber apenas de que forma ele vai se dar.
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10. Bateria de silício
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10/11 (Divulgação/Ciclovivo)
Normalmente, celulares, laptops e outros dispositivos móveis funcionam com baterias de lítio. Elas funcionam bem neste tipo de dispositivo - mas não servem para carros elétricos, por exemplo. Aparelhos com maior consumo de energia demandam um tipo de bateria que possa acumular mais energia. E hoje, cientistas trabalham neste sentido. Um caminho pode ser trocar o grafite que há em um dos terminais das baterias por
silício, substância transmite melhor a energia. Entretanto, é preciso evitar a expansão que as partículas de silício sofrem ao entrarem em contato com o lítio. Para isso, nanofios ou nanopartículas podem ser uma solução. Caso essa tecnologia progrida, o resultado serão baterias que carregam mais rápido e que acumulam de 30% a 40% mais energia que as atuais - de acordo com o FEM.
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11. Agora, veja o que era sonho e se tornou realidade
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11/11 (Steve Bonini/Getty Images)