Galaxy Gear
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 19h57.
Avaliação Airton Lopes / Assim como o Google Glass, o Galaxy Gear era apontado como um dos gadgets que fariam de 2013 o ano dos computadores vestíveis. De fato, ele é o relógio Android mais completo, mas, infelizmente, ainda está longe do ideal. A sua tela de 1,6 polegada é ótima. A navegação pelos menus e aplicativos, feita deslizando o dedo sobre o display, é suave.
Conectado por Bluetooth a um smartphone Galaxy Note 3, nos testes o Gear fez fotos em 1,9 MP, filmou em 720p, atendeu telefonemas, gravou anotações de áudio e transmitiu comandos de voz para o smartphone, inclusive para responder SMS, de forma satisfatória. A forma como lida com notificações poderia ser melhor. Por padrão, ele não exibe o conteúdo de mensagens do Twitter e do Facebook. Apenas vibra e sugere a leitura no smartphone.
Para ver as mensagens no relógio é preciso instalar aplicativos de terceiros e, no caso de e-mails, cadastrar uma conta, mesmo que ela seja do Gmail. Muito mais grave é a baixa autonomia de bateria e a compatibilidade com poucos aparelhos da Samsung.
Avaliação Lucas Agrela/ O primeiro relógio inteligente da Samsung lembra o aparelho usado pelo espião James Bond, na série 007. Todas as notificações de redes sociais, ligações, e-mails e aplicativos de mensagens, como WhatsApp, podem ser vistas no seu pulso, sem a necessidade de tirar o smartphone do bolso - é preciso habilitar na configuração do Gear Manager para que isso aconteça. Também é possível atender ligações no aparelho, apesar de ser desconfortável levar o relógio à orelha.
Uma das principais diferenças em relação ao Smartwatch 2, da Sony, é que o Gear tem uma câmera na pulseira que permite tirar fotos com 1,9 MP e ainda pode gravar vídeos com resolução de 1280 x 720(16:9) ou 640 x 640 (4:3). Entretanto, é preciso que o relógio seja usado no braço esquerdo, senão a câmera fica ao contrário e você só conseguirá fotografar o seu próprio antebraço.
A tela Super AMOLED é outro destaque do Galaxy Gear, com resolução de 320 por 320 pixels, é melhor do que a do relógio da Sony, mas perde para o display do Pebble no quesito legibilidade. Ela é um pouco curva, o que favorece a ergonomia do aparelho, e tem 163 polegadas. O que mais impressiona é a sensibilidade da tela, que é a melhor de todos os relógios que já passaram pelo INFOlab.
O processador do Galaxy Gear é relativamente potente para um relógio. Ele conta com um Exynos de 800 Mhz. No entanto, a memória RAM de 512 MB limita a instalação de aplicativos. O aparelho se conecta a smartphones por meio de Bluetooth 4.0, que é uma conectividade de baixo consumo energético. Além disso, ele também conta com NFC.
O grande ponto negativo do Galaxy Gear é que ele funciona com um número restrito de aparelhos da Samsung. São eles: Galaxy Note 3, Note 2, Note 10.1, Galaxy S4 e S3. Em breve, a empresa diz que mais dispositivos terão surpote ao relógio, como S4 mini, o S4 Active, o Mega 5.8, o Mega 6.3 e o S4 Zoom. O Smartwatch 2 já leva uma grande vantagem nesse ponto por funcionar com qualquer smartphone Android Ice Cream Sandwich (4.0) ou superior. Já o Pebble pode funcionar até com iOS.
O Gear é um pouco grande e tem um design voltado para o público masculino. Sem a pulseira, ele tem 3,5 por 5,6 por 1,7 cm. Entre os relógios inteligentes, o da Samsung é o que acumula mais recursos e possibilidades. Mas há poucos aplicativos que exploram todo o potencial.
Aplicativos de terceiros podem ser instalados no smartphone na loja Samsung Apps. São divididos nas categorias: Relógio (troca os padrões de exibição de relógio), Utilidades, Saúde e Fitness, Rede Social, Estilo e Entretenimento. Um app interessante é o Vivino Wine Scanner: você pode usar o relógio para descobrir informações de vinhos.
Um grande problema do aparelho é que, apesar de oferecer a possibilidade de gravar vídeos, eles podem ter no máximo 15 segundos. Não é o suficiente filmar uma aula ou palestra, mas pode ser útil para gravar um vídeo para o Instagram.
As notificações de redes sociais deixam a desejar. No caso do Facebook e do Twitter, o smartwatch mostra apenas que há um novo alerta, para visualizá-lo, é preciso desbloquear a tela e abrir a aplicação. Com o Tweet Quickview e FB Quickview, é possível ver algumas coisas a mais no Gear. Mas os aplicativos não são completos. O app do Facebook permite conferir apenas mensagens do bate-papo. Em ambos é preciso ativar um serviço de sincronia no Android.
Os comandos de voz do Galaxy Gear que permitem: ligar para um contato da sua agenda, ler uma mensagem de texto (com uma voz robótica com um pouco de sotaque em português), adicionar um evento à agenda, configurar um alarme, abrir o aplicativo da câmera ou uma nota de voz, criar um temporizador para a câmera, perguntar a previsão do tempo e o horário atual.
É preciso aprender a usar alguns comandos no Galaxy Gear. Por exemplo, na tela, há alguns atalhos que podem ser úteis no dia a dia. Dois toques, com dois dedos, na tela inicial abre um menu de ajuste de brilho e volume, com informações da conexão Bluetooth e bateria. Segurar dois dedos sobre a tela abre todos os aplicativos que estão rodando. Na tela inicial, deslizar o dedo de cima para baixo inicia o app da câmera do aparelho. Já com um gesto de baixo para cima, é possível abrir o discador. Por fim, arrastar o dedo para as laterais faz mover entre os aplicativos disponíveis.
O Samsung Galaxy Gear é um bom dispositivo no mercado embrionário de relógios inteligentes. No entanto, sua compatibilidade limitada faz com que o produto seja útil somente para quem tem smartphones topo de linha da empresa. Donos de iPhones devem optar pelo Pebble, que é o único que se conecta ao iOS entre os três principais smartwatches do mercado atualmente.
Contudo, o preço do Gear no Brasil pode não justificar o investimento, se o objetivo for apenas ler notificações no pulso: ele custa 1.300 reais. Mas o relógio, que também tem acelerômetro e giroscópio, além de tem aplicativos de corrida ou caminhada, algo que pode ser útil para quem faz exercícios. Segundo testes do INFOlab, entretanto, o cálculo de calorias feito pelo Gear não é muito preciso, apesar de ter um relativo bom desempenho para contar passos.
Tela | 1,63 polegada (320 por 320p) |
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Processador | Exynos 800 MHz |
Armazenamento | 4 GB |
Memória RAM | 512 |
Câmera | 1,9 MP |
Bateria | 19h52 |
Prós | Excelente sensibilidade da tela. Câmera para fotos e vídeos, microfone para S-Voice e saída de áudio. |
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Contras | Pouco espaço para gravação de vídeos |
Conclusão | Bom smartwatch, comandos de voz e possibilidade de atender ligação facilitam o uso do smartphone no dia a dia |
Configuração | 8,5 |
Usabilidade | 8,5 |
Bateria | 6,5 |
Desgin | 7,5 |
Média | 7.9 |
Preço | R$ 1.300 |