samsung (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2014 às 12h38.
Uma auditoria solicitada pela Samsung identificou violações trabalhistas em dezenas de seus fornecedores na China, incluindo falta de equipamentos de proteção e horas prolongadas de trabalho.
Após indicar uma consultoria externa para conduzir um mapeamento em seus 100 fornecedores na China em 2013, a Samsung descobriu dezenas de violações como notificações de recrutamento discriminatórias, descuidos na administração e horas extras excessivas. Somente o trabalho infantil não foi encontrado em nenhum dos locais.
No relatório Samsung Sustainability Report, a empresa detalha seu código de conduta e quais soluções foram empregadas para cada violação identificada pela consultoria.
Segundo o relatório, foram encontrados menores de idade manuseando produtos químicos perigosos em 48 fornecedores, descuidos de administração em 33 fornecedores, 39 locais pagavam um salário fixo sem considerar horas extras, 7 empresas não forneciam treinamento para seus gerentes e 59 não forneciam equipamento de segurança adequado aos funcionários.
Para reverter a situação a Samsung estabeleceu novas políticas de proteção para menores de idade, obrigou que todo fornecedor cadastrasse os funcionários no seguro social, realizou treinamentos com os gerentes e solicitou equipamentos de segurança para os empregados.
A Samsung vem sofrendo com acusações de abuso trabalhista há alguns anos, especialmente por sobrecarregar os funcionários e permitir o emprego de menores de 14 anos. Um dos casos mais emblemáticos ocorreu quando centenas de trabalhadores da Samsung foram diagnosticados com leucemia e outras doenças acarretadas pela longa exposição aos materiais químicos na fabricação de semicondutores.