Dificilmente se vê Steve Jobs vestido de outra forma: a roupa básica é a sua marca (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2011 às 23h25.
San Francisco - O ícone do Vale do Silício Steve Jobs renunciou nesta quarta-feira como presidente-executivo da Apple, encerrando o período de 14 anos durante o qual comandou a empresa que ajudou a fundar em uma garagem.
A negociação das ações da Apple foi suspensa antes do anúncio. O papel avançara 0,7 por cento no fechamento do pregão regular em Nova York. Após a renúncia, a ação chegou a cair 7 por cento no after-market.
Jobs --sobrevivente de um câncer no pâncreas que estava de licença médica desde 17 de janeiro por condições de saúde não reveladas-- será substituído pelo vice-presidente operacional Tim Cook.
Jobs assumirá o posto de presidente do Conselho de Administração da Apple.
"Eu sempre disse que, se houvesse um dia em que eu não pudesse mais cumprir meus deveres e atender às expectativas como presidente-executivo da Apple, eu seria o primeiro a informá-lo. Infelizmente, esse dia chegou", escreveu Jobs em uma breve carta anunciando sua renúncia.
O ex-presidente-executivo de 55 anos havia aparecido publicamente por um breve momento em março para apresentar a última versão do iPad, e, mais tarde, em um jantar com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, junto com líderes do setor de tecnologia do Vale do Silício.
A aparência de Jobs, frequentemente magra, levantou questões sobre sua saúde e capacidade de permanecer à frente da Apple.
"Eu direi aos investidores que não entrem em pânico e permaneçam calmos. É a coisa certa a fazer. Steve será o chairman e Cook será o presidente-executivo. Isso não é uma surpresa ou algo inesperado", disse o analista Colin Gillis, da BGC Financial.