Robô: ele é capaz de fazer flexões por 11 minutos sem superaquecer (Reprodução/YouTube/Site Exame)
Marina Demartini
Publicado em 18 de outubro de 2016 às 16h25.
São Paulo – Uma reação comum do corpo humano promete ajudar a aumentar a vida útil dos robôs do futuro. Cientistas do laboratório JSK da Universidade de Tóquio criaram o Kengoro, um humanoide que transpira para manter seus motores resfriados por mais tempo. As informações são do site IEEE Spectrum.
Como os seres humanos, os robôs geram uma grande quantidade de calor quando realizam atividades que demandam força. Isso faz com que os sistemas robóticos superaqueçam e desliguem. As pessoas, no entanto, nascem com a capacidade de suar e por isso conseguem manter o corpo em uma temperatura baixa.
Para dar essa habilidade para o humanoide, a equipe criou ossos de alumínio poroso a partir da sinterização a laser – um tipo de impressão 3D que permite moldagens com materiais mais complexos.
Os cientistas adicionaram água nesses canais e colocaram as “glândulas sudoríparas” do robô posicionadas perto dos 108 motores que percorrem a sua estrutura. Desse modo, todo o suor é direcionado para os motores, evitando o superaquecimento.
Apesar de a técnica não ser tão eficaz quanto o resfriamento tradicional, que utiliza radiadores e tubos, ela ocupou muito menos espaço. Segundo os pesquisadores, isso permitiu que Kengoro ganhasse mais sensores e engrenagens.
O humanoide pode funcionar por cerca de 12 horas com apenas meio copo d'água. Em um de seus vários testes, a equipe notou que o novo método de transpiração deixou o robô três vezes mais eficiente do que a refrigeração tradicional, a ar.
O que é mais legal – e um pouco engraçado de ver – é que Kengoro e é capaz de fazer flexões por 11 minutos sem superaquecer. Você pode ver o robô “saindo da jaula” no vídeo (em inglês) abaixo: