O robô Pepper: ele consegue acompanhar humanos entre 10 e 12 horas seguidas, segundo Son (AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2014 às 17h59.
O conselheiro delegado do grupo japonês de telecomunicações SoftBank esteve nesta sexta-feira na assembleia-geral dos acionistas, acompanhado do robô Pepper, desenvolvido com a empresa francesa Aldebaran, filial do SoftBank.
Masayoshi Son conversou por alguns minutos com o pequeno personagem branco de 120 centímetros que tem uma tela no lugar da barriga e locomovendo-se sobre rodas, "porque consome menos energia do que as pernas".
O robô consegue acompanhar os humanos entre 10 e 12 horas seguidas, segundo Son.
"Queremos oferecer um robô que tenha alma, compreenda os sentimentos de seu interlocutor", insistiu Son, que considera a chegada de robôs no meio humano a próxima grande revolução, comparável à do computador pessoal.
Pepper sabe entender quando alguém está contente, triste ou chateado. Vários Peppers podem transmitir entre si o que cada um aprendeu.
"Pepper cresce aprendendo, sabe ler o ambiente que o cerca", destacou Son, antes de acrescentar que os "garotos de amanhã saberão desde o nascimento se comunicar com robôs".
"O objetivo do SoftBank é fazer com que as pessoas sejam felizes graças à revolução da informática", insistiu o guru japonês do setor.
Enquanto isso, os acionistas do SoftBank comemoraram com Son os resultados da empresa.
O grupo comprou no ano passado a terceira maior empresa americana de telecomunicações móveis, a Sprint, e agora está interessado na quarta, a T-Mobile US.
"A compra da Sprint é o primeiro passo do SoftBank nos Estados Unidos e acredito que haverá um segundo e, depois, um terceiro. Desejo, de todo coração, que seja um sucesso", declarou um dos administradores do SoftBank, Tadashi Yanai, fundador e principal executivo da marca de roupas Uniqlo.
Pepper será colocado à venda para particulares a partir de fevereiro do ano que vem ao preço de 200.000 ienes (1.400 euros) e alguns acionistas estão ávidos para comprá-lo.
Pepper foi desenvolvido para o SoftBank pela Aldebaran Robotics, uma pequena empresa francesa que tinha concebido o robô Nao e a SoftBank comprou 80% em 2012, garantindo-lhe um importante apoio técnico, financeiro e comercial.