O esforço de tornar a marca mais conhecida para os anunciantes locais pode ser interpretado como um movimento para a empresa se aproximar da principal rival, TikTok (Aplicativo Kwai/Reprodução)
Karina Souza
Publicado em 21 de outubro de 2021 às 16h14.
Última atualização em 21 de outubro de 2021 às 16h39.
O Kwai, app de vídeos de origem chinesa e rival do TikTok, traz ao Brasil a plataforma de anúncios da empresa. Com 45,4 milhões de usuários ativos mensais, a companhia oferece, basicamente, três tipos de anúncios: os "in-feed ads", que permitem às marcas inserir diferentes tipos de cards nos vídeos. os "formatos de reserva", em que é possível criar anúncios mais dinâmicos com campanhas de conversão, e o "Take over", que permite criar campanhas com imagens estáticas ou GIFs.
"Somos um aplicativo que conta com uma comunidade diversa e criativa e que traz conteúdos localizados, pensados para os brasileiros. E é esta essência que também estamos trazendo para nossa plataforma de anúncios", diz Paulo Fernandes, Diretor de Monetização para Américas do Kwai, em coletiva de imprensa.
Para o novo serviço, o app já conta com parceiros como o app de entregas 99, a plataforma Amazon Prime Video, O Boticário, o app de idiomas Duolingo e a rede de restaurantes Subway. Mas, segundo a empresa, a ideia é ampliar esse número cada vez mais, sempre focado em temas de destaque nacionais, como música e futebol.
De acordo com Paulo, outros planos já estão na mira do Kwai para atrair mais parceiros, como ferramentas de live commerce, uma das principais tendências de vendas pela internet criada na China -- e que ganhou força durante a quarentena aqui no Brasil.
O esforço de tornar a marca mais conhecida para os anunciantes locais pode ser interpretado como um movimento para a empresa se aproximar da principal rival, TikTok, que lançou a plataforma comercial em novembro do ano passado no país.
Coincidentemente, a rival também lançou novas funcionalidades aos anunciantes nesta semana, dedicadas às pequenas e médias empresas: o TikTok Ads Manager, em que PMEs e criadores de conteúdo terão acesso a novas funcionalidades para fazer posts criativos dentro da plataforma, além de orçamento flexível, já que a configuração acessível da plataforma garante que as empresas possam ajustar seus gastos com anúncios a qualquer momento; e segmentação inteligente de público, possibilitando que as marcas sejam descobertas por novos públicos, segundo comunicado enviado pela empresa.
É uma boa briga, por um mercado em ascensão no Brasil. Com cada vez mais consumidores (especialmente mais jovens) cansados das dinâmicas das plataformas do Facebook, os vídeos curtos ganharam seu espaço na quarentena e mobilizam um amplo volume de pessoas: no caso do Tiktok, o país é o segundo em volume de usuários, atrás apenas da China.
A migração de marcas para os vídeos curtos é notória, abrangendo marcas de praticamente todos os segmentos e levando concorrentes a se mobilizarem: o Instagram com o Reels e o YouTube com uma plataforma própria para vídeos curtos. É só o começo dessa disputa.