Tecnologia

Rivais espaciais se unem para licitar plano de satélite de R$ 33 bilhões da UE

Principais empresas aeroespaciais da Europa planejam distribuir internet para todo o continente europeu

Destinado a transmitir internet em todo o continente, o projeto também visa dar ao bloco sua própria frota para acompanhar com constelações implantadas por governos e empresas em todo o mundo (iStock/Reprodução)

Destinado a transmitir internet em todo o continente, o projeto também visa dar ao bloco sua própria frota para acompanhar com constelações implantadas por governos e empresas em todo o mundo (iStock/Reprodução)

Agência o Globo
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Publicado em 2 de maio de 2023 às 12h45.

Última atualização em 2 de maio de 2023 às 17h30.

As principais empresas de satélites e aeroespaciais da Europa se uniram para licitar o projeto de satélite da União Europeia de € 6 bilhões, conhecido como Iris². Com a atual cotação da libra, o valor sairia a mais de R$ 33 bilhões no Brasil. Destinado a transmitir internet em todo o continente, o projeto também visa dar ao bloco sua própria frota para acompanhar com constelações implantadas por governos e empresas em todo o mundo.

O consórcio será administrado pelos fabricantes aeroespaciais Airbus SE e Thales Alenia Space SAS, juntamente com as operadoras de satélite Eutelsat Communications SA, SES SA e Hispasat SA, disseram as empresas em comunicado enviado por e-mail nesta terça-feira.

Se vencer o contrato, o consórcio será obrigado a operar um sistema de centenas de satélites em várias órbitas, desde o caminho geoestacionário tradicional a cerca de 35.406 km da Terra até os mais próximos.

Satélite Iris²

Iris², que significa “infraestrutura para resiliência, interconectividade e segurança por satélite”, fornecerá acesso a agências governamentais, incluindo departamentos de defesa e empresas. Também será implantado para conectar partes da UE que não possuem internet. A UE disse que a constelação fornecerá infraestrutura crítica e reforçará sua soberania tecnológica à medida que outros países, como a China, bem como empresas privadas, desenvolvem seus próprios sistemas.

O bilionário Elon Musk é atualmente o maior operador de satélites de órbita terrestre baixa. Ele já lançou milhares de satélites Starlink usando foguetes da Space Exploration Technologies Corp. As frotas de órbita terrestre baixa passam a menos de de 965 km da superfície do planeta e oferecem velocidades de conexão mais rápidas. No entanto, precisam de muito mais satélites para cobrir a mesma massa de terra do que satélites em órbitas mais altas. Outros desses sistemas estão sendo apoiados pela Amazon.com Inc. e OneWeb Ltd.

Os satélites Iris² começarão a fornecer serviço no próximo ano e atingirão a capacidade total até 2027. A contribuição da UE para o custo total será de € 2,4 bilhões, de acordo com um comunicado de março. Outros € 685 milhões virão da Agência Espacial Europeia e o restante do setor privado.

O consórcio trabalhará com as empresas de telecomunicações e tecnologia Deutsche Telekom AG, Orange SA, OHB SE, Hisdesat Servicios Estrategicos SA e Telespazio SpA e Thales SA, disse o grupo no comunicado

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