(Lucas Agrela/Site Exame)
Lucas Agrela
Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 12h55.
São Paulo – O Zenfone 3 Max é um dos vários integrantes da linha Zenfone 3, da Asus. Seu diferencial é a sua bateria de 4.100 mAh, uma das maiores capacidades do mercado de smartphones atualmente. O aparelho tem duas versões: uma de 999 reais e outra de 1.199 reais.
A edição mais barata tem configuração de hardware mais fraca. Ela tem 16 GB de armazenamento, processador MediaTek, e câmeras de 13 MP e 5 MP. Já a edição mais sofisticada, que foi usada neste review, tem 32 GB de espaço interno, processador Qualcomm e câmeras de 16 MP e 8 MP. Vale notar que o smartphone testado no INFOlab tinha 3 GB de memória RAM e é raro encontrá-lo no mercado atualmente. O mais comum é a versão com 2 GB. Confira a análise a seguir.
O visual do Zenfone 3 Max lembra levemente o do iPhone 6s. Ele tem linhas de design para acomodar antenas tanto na parte de cima quanto na de baixo. A parte traseira do produto também é marcada pela presença do sensor de impressões digitais, posicionado logo abaixo da câmera.
As laterais do aparelho são curvadas e permitem que ele se encaixe ergonomicamente na sua mão durante o uso. Ao mesmo tempo, a boa qualidade do acabamento do produto passam a impressão de um smartphone sofisticado.
Os botões do aparelho são capacitivos, ou seja, aqueles que são sensíveis ao toque e ficam logo abaixo da tela – e não na própria tela.
O display tem resolução Full HD e tamanho de 5,5 polegadas. As laterais da tela são bem finas, o que ajudam o aparelho como um todo parecer menor, ao mesmo tempo que oferece uma imagem de qualidade no tamanho certo para o uso de aplicativos.
A bateria é o item mais promovido no Zenfone 3 Max. De fato, ela apresentou bons resultados nos testes padronizados que realizamos no INFOlab. Ele não foi o melhor nesse quesito, até por uma limitação de valor dos componentes dado o – relativo – baixo do produto.
O aparelho obteve 12 horas de uso com uma única carga. O resultado foi bem próximo do obtido pelo Galaxy J5 Metal, da Samsung, e do LG X-Power, o que coloca os três aparelhos em concorrência.
As fotos do Zenfone 3 Max são capturadas com sensores de 16 MP e 8 MP (presentes nas câmeras traseira e frontal, respectivamente).
A qualidade das imagens feitas com a câmera principal pode ser considerada boa para a categoria do smartphone. As fotos ficaram parecidas com as que foram tiradas com o Galaxy J5 Metal. A câmera não tem o poder de detalhar cenas como o do Galaxy S7 edge ou de fazer retratos incríveis como o iPhone 7 Plus, mas ela está acima da média para um produto de 1.199 reais.
Há uma série de efeitos no aplicativo da câmera que dão visuais diferentes para as suas fotos. O HDR é um recurso que vale a pena ser ligado em retratos ou em cenas de paisagens estáticas.
Nas selfies, a qualidade das imagens é boa e há uma série de recursos de embelezamento. O recurso mais legal é a forma prática de ligar o temporizador: basta clicar no ícone de captura da foto e arrastá-lo para cima.
Os vídeos podem ser gravados com resolução Full HD a 30 fps com qualquer uma das câmeras.
O Zenfone 3 Max tem configuração de aparelho intermediário. Portanto, ele tem o processador da Qualcomm idealizado para essa categoria: o Snapdragon 430. Aliado a ele, há 2 GB de memória RAM e a GPU Adreno 505.
Esse conjunto faz o smartphone funcionar bem para o uso de redes sociais, WhatsApp, câmeras e rede celular 4G.
O sensor de impressões digitais presente no Max é veloz e preciso para o desbloqueio seguro da tela.
Nos testes de performance, os benchmarks, o aparelho se saiu bem, apresentando resultados similares aos da concorrência, ou até mesmo superiores.
Benchmarks | Zenfone 3 Max | Quantum Fly | Moto G4 | Galaxy J5 Metal |
---|---|---|---|---|
AnTuTu | 28069 | 86818 | 46199 | 27834 |
Basemark OS II | 866 | 1715 | 292 | 603 |
Geekbench 4 | 2060 | 4383 | 2970 | 1276 |
Vellamo | 2454 | 3323 | 2793 | 2055 |
O sistema Android da Asus é personalizado. Ou seja, a fabricante colocou um monte de recursos nele que não existem no Android concebido pelo Google – muito admirado por entusiastas de smartphones.
O sensor de impressões digitais, por exemplo, pode ser configurado para atender chamadas de voz ou mesmo acionar a câmera.
Há uma série de aplicativos pré-instalados, sim, nesse produto. O lado bom é que a grande maioria pode ser apagada ou desativada. Dá para tirar até o app de telefone.
Apesar de ter potencial para desagradar os consumidores fãs do Android puro, os recursos e aplicativos que a Asus coloca em seus smartphones pode ser uma maneira de redescobrir o seu aparelho a cada dia. Vale a pena explorar as opções que a fabricante oferece e eliminar as que não forem do seu interesse. No geral, a ZenUI pode amplificar o uso do seu Zenfone.
O único ponto negativo da interface pode ser importante para o usuário: há erros de tradução do sistema quando o usamos em português. O melhor é usar o sistema em inglês.
O Zenfone 3 Max é um smartphone de muitos talentos para a sua faixa de preço. Ele pode ser considerado um dos melhores aparelhos da sua categoria, especialmente no quesito design. Portanto, a Asus conseguiu criar um sucessor ainda melhor ao bem-sucedido Zenfone 2 de 2015. A escolha do consumidor, é claro, também pode ser afetada pelo sistema do produto, que, por questão de gosto, o software do Zenfone 3 Max pode não ser muito bem aceito.
8.0/10
Prós: Longa duração de bateria, app de câmera cheio de recursos, fotos de qualidade razoável, ótimo design.
Contras: Android personalizado e erros de tradução pode desagradar.
Sistema operacional: Android Marshmallow 6.0
Processador: Qualcomm Snapdragon 430
CPU: Octa-core 1.4 GHz Cortex-A53
GPU: Adreno 505
RAM: 3 GB
Armazenamento: 32 GB + microSD de até 256 GB
Conexões: Wi-Fi 802.11 b/g/n, Wi-Fi Direct, Bluetooth 4.1
Tela: 5,5 polegadas com resolução Full HD (1080 x 1920 pixels)
Peso: 175 gramas
Bateria: 4.100 mAh
Câmeras: 16 megapixels e 8 megapixels
Preço: 1.199 reais