(Apple/Divulgação)
Lucas Agrela
Publicado em 23 de novembro de 2016 às 14h00.
Última atualização em 23 de novembro de 2016 às 14h59.
São Paulo – O iPad Pro é o tablet da Apple com apelo para a produtividade. Seu processador Apple A9X dá conta de realizar tarefas do dia a dia corporativo sem surpresas desagradáveis. O aparelho funciona plenamente tanto para editar planilhas, documentos ou mesmo pequenos vídeos, quanto para executar jogos e reproduzir vídeos nos momentos de lazer. Seu preço inicial é de 4.999 reais.
A versão do iPad Pro avaliada pelo INFOlab é a que tem tela de 9,7 polegadas, ou seja, o tamanho convencional do tablet da Apple. Com isso, o produto tem a fácil portabilidade do produto comum aliada com a força do seu processador. Há uma versão com display de 12,9 polegadas que é recomendável somente para quem realmente precisa de uma tela bem espaçosa, como designers, ou para quem busca um substituto para o notebook. A portabilidade dessa versão é similar à de um laptop.
O Pro tem o mesmo peso do iPad Air 2, ou seja, 437 gramas. Em termos visuais, o novo aparelho quase não muda e é até um pouco difícil de diferenciá-los. Nem a resolução da tela muda. Ela permanece com 1536 por 2048 pixels, com densidade de 264 pixels por polegada. Na versão com tela maior do iPad Pro, o aparelho tem a mesma densidade de pixels, mas há mais resolução dada a maior proporção.
Uma das coisas mais legais do iPad Pro é o seu sistema de som. Ele tem quatro alto-falantes, sendo dois deles no topo e dois na parte inferior. Com esse posicionamento, quando viramos a tela para o modo paisagem ao assistir um vídeo na Netflix, a experiência de áudio é superior a qualquer outro tablet. A qualidade sonora pela qual a Apple é conhecida está aqui. As frequências agudas, médias e graves são reproduzidas com fidelidade e um volume muito alto, que não apresenta distorção.
O espaço de armazenamento do iPad Pro varia entre 32, 128 ou 256 GB. Ou seja, a memória não deve ser um problema para você, mesmo com o uso de muitos apps.
No teste de desempenho oferecido pelo aplicativo Basemark OS II, o iPad Pro ficou em terceiro lugar entre os dispositivos mais potentes do mundo que já foram avaliados usando esse benchmark. Ele marcou 3153 pontos, sendo a navegação na web o quesito no qual ele menos pontuou. O primeiro aparelho do ranking do Basemark OS II é o iPhone 7 Plus, que tem processador Apple A10 Fusion.
Para a produtividade, o iPad Pro conta também com um recurso que fez sua estreia no iPad Air 2: a possibilidade de usar dois apps ao mesmo tempo com a tela dividida. Fica fácil ver os e-mails ao mesmo tempo que você editar uma planilha no Excel ou redige um texto no Word para iOS.
A câmera do tablet é como a do iPhone 6s e registra fotos de 12 MP. Os vídeos gravados com o tablet podem ter resolução 4K e as fotos panorâmicas podem ter 63 MP. Uma das coisas mais legais da câmera desse iPad é que ela faz as Fotos Vivas, que existem desde o iPhone 6s, mas chegam somente agora a um tablet da empresa. No ato do clique da foto, um vídeo de certa de 3 segundos é gravado e pode ser visto quanto tocamos na foto por pouco mais de um segundo.
Já a câmera frontal não tem uma resolução muito boa. Ela registra selfies com 5 MP. Seu smartphone provavelmente já tem uma câmera superior a essa. Sendo assim, é melhor deixar a câmera frontal somente para o uso de apps como o FaceTime ou o Skype.
O iPad Pro vem com a Siri sempre ativa. Após a configuração, basta dizer "Hey, Siri" a qualquer momento para que a assistente pessoal venha lhe perguntar em que pode ajudar.
Ainda sem operação no Brasil, o serviço de pagamentos móveis Apple Pay pode ser usado no novo iPad para completar transações em lojas físicas e sites.
O sensor de impressões digitais Touch ID está presente no iPad Pro para lhe conferir mais segurança no acesso aos seus dados pessoais, ao mesmo tempo que pode poupar alguns segundos na digitação de uma senha numérica. Ela, aliás, ainda é necessária como um método de segurança e precisa ter seis digitos, por padrão.
O Apple Pencil é um acessório inteligente para interagir com a tela, desenhar ou escrever. Quem gostava do pioneiro Galaxy Tab, mas era usuário do iOS agora tem uma opção oficial da Apple – apesar de alternativas, como a da Wacom, existirem há algum tempo. Porém, esse acessório mira em um público de nicho e não tem um apelo útil no cotidiano de um usuário de tablets.
Escrever com o Apple Pencil é uma experiência superior a escrever em uma folha de papel, apesar de ser tão simples quanto isso. Quem tem habilidade para desenhar vai poder tirar proveito dos diferentes níveis de pressão que o acessório suporta, bem como da leveza do seu traço. O Apple Pencil precisa ser recarregado. Você pode conectá-lo ao próprio iPad Por, pela porta Lightning do produto, ou então usar um conector que vem na caixa que o torna compatível com carregadores mobile da Apple.
Fora isso, o iPad Pro também tem um teclado feito pela Apple sob medida para ele. O acessório é chamado Smart Keyboard. Com isso, o tablet se consolida como o Surface da Apple. O encaixe do teclado e a sua conexão com o aparelho são muito intuitivos. Basta aproximar o Smart Keyboard e pronto, ele já está funcionando.
O teclado segue o padrão dos teclados da marca e não oferece o design ABTN2, ou seja, a disposição dos acentos e símbolos é americana e não há uma tecla dedicada para a letra "C". Ainda assim, usuários de produtos da Apple não devem ver isso como um problema e, se quiserem, também podem alterar as configurações de entrada de digitação.
A bateria do iPad Pro 9,7 polegadas não foi a melhor entre os tablets já testados no INFOlab. Ele aguentou o teste de uso intenso por 7 horas. O Galaxy Tab S2, da Samsung, aguentou por 10 horas.
Ainda assim, o iPad Pro deve oferecer bateria para um dia todo de uso moderado, visto que não passamos o tempo todo com a tela ligada com o brilho no máximo. Certamente uma carga na bateria será o suficiente até o anoitecer.
O iPad Pro é um tablet de alta performance que pode ser útil para quem trabalha com design ou precisa criar desenhos em uma tela grande de ótima resolução. Ao consumidor comum, ele deve atendê-lo plenamente, tanto para a produtividade quanto para o entretenimento. Ele é um ótimo substituto para um notebook leve, como o MacBook Air, ainda que ele seja mais limitado do que um laptop. Se o uso for realmente esse, é melhor optar pela edição de 128 GB para se certificar de que não faltará espaço no gadget.
9,1/10
Prós: Design refinado, leveza, sensor de digitais, Fotos Vivas e acessórios de alta qualidade.
Contras: Câmera frontal e duração de bateria poderiam ser melhores.