Facebook é regularmente acusado de não fazer o suficiente para impedir a disseminação de informações falsas, especialmente durante períodos eleitorais em diferentes países (Alberto Pezzali/Getty Images)
AFP
Publicado em 24 de junho de 2019 às 10h34.
Última atualização em 24 de junho de 2019 às 14h14.
O Facebook pediu nesta segunda-feira aos governos do mundo mais medidas em matéria de regulação das gigantes digitais, cujas práticas são criticadas com frequência, em particular no que diz respeito à proteção de dados ou a divulgação de informações falsas.
"Não cabe a empresas privadas, grandes ou pequenas, propor as regras. Cabe aos políticos eleitos democraticamente no mundo", disse o britânico Nick Clegg, encarregado da Comunicação do Facebook, na rádio BBC.
Clegg, ex-vice-primeiro-ministro do Reino Unido, insistiu no fato de que grupos como o Facebook devem usar sua "experiência" para defender essas regulamentações em vez de se opor a elas.
Em sua opinião, há uma "necessidade urgente de novas regras de comportamento", seja em termos de privacidade, proteção de dados ou discurso de ódio.
Em resposta a uma pergunta sobre o referendo do Brexit de 2016, Clegg afirmou não ter "nenhuma evidência" de interferência russa.
"Embora eu entenda por que as pessoas querem reduzir este terremoto na política britânica a um complô ou conspiração, ou ao uso das redes sociais, temo que as raízes do euroceticismo britânico sejam muito mais profundas", disse ele.
O Facebook é regularmente acusado de não fazer o suficiente para impedir a disseminação de informações falsas, especialmente durante períodos eleitorais em diferentes países.
A rede social também foi criticada após vários escândalos sobre o uso de dados privados e, em particular, uma quebra na segurança do seu sistema de mensagens criptografadas WhatsApp.