Protótipo do carro do Google que se dirige sozinho e não tem volante (Divulgação/Google)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2014 às 16h40.
Paris - Carros que não precisam de motoristas devem chegar às ruas daqui quatro anos, desde que a burocracia não fique no caminho, disse o presidente-executivo da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, nesta terça-feira.
Companhias do Vale do Silício há tempos têm sido pioneiras em carros autônomos e o Google já testou um modelo em 2012. A montadora de carros de luxo Mercedez-Benz desenvolveu modelo que não precisa de motorista e que foi exibido em agosto.
A Renault criou o Next 2, um protótipo baseado no modelo Zoe, que permite que o motorista largue do volante em velocidades abaixo de 30 quilômetros por hora. Isso é possível graças a sistema de posicionamento do carro que usa satélite, câmeras e sensores.
"O problema não é tecnologia, é legislação, e toda a questão da responsabilidade que vai junto com esses carros transitando por aí ... especialmente quem é responsável, uma vez que ninguém está dirigindo eles", afirmou Ghosn em um evento.
Segundo o executivo, os primeiros carros autônomos chegariam às ruas em 2018 em "países pioneiros", como França, Japão e Estados Unidos, com comercialização na Europa em 2020.
Uma emenda às regras das Nações Unidas que foi aprovada este ano permite que motoristas tirem as mãos do volante de carros autônomos.
A mudança foi apoiada por Alemanha, Itália e França, cujas montadoras acreditam que estão prontas para superar rivais nos EUA e levar os primeiros modelos autônomos para o mercado.
Desde que a emenda consiga superar todos os obstáculos burocráticos, ela permitirá que um carro se mova sozinho, desde que o sistema possa ser "desligado ou anulado pelo motorista". Um motorista precisa estar presente e ser capaz de assumir o volante a qualquer momento.