Tecnologia

Reino Unido investigará mudanças propostas do Google Chrome

A preocupação do órgão de fiscalização da competição do Reino Unido é de que a mudança possa limitar a publicidade digital de rivais do Google

Google: a empresa disse que a tecnologia, conhecida como projeto 'Privacy Sandbox', permitirá que as pessoas recebam anúncios relevantes (Dado Ruvic/Reuters)

Google: a empresa disse que a tecnologia, conhecida como projeto 'Privacy Sandbox', permitirá que as pessoas recebam anúncios relevantes (Dado Ruvic/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de janeiro de 2021 às 16h18.

O órgão de fiscalização da competição do Reino Unido disse nesta sexta-feira que iniciou uma investigação sobre as propostas do Google para remover cookies de terceiros e outras funções de seu navegador Chrome, após preocupações de que a medida possa limitar a publicidade digital de rivais.

A investigação avaliará se as propostas podem fazer gastos com publicidade ficarem ainda mais concentrados no ecossistema do Google, da Alphabet, disse a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA).

O Google disse que a tecnologia, conhecida como projeto 'Privacy Sandbox', permitirá que as pessoas recebam anúncios relevantes, ajudando a sustentar o modelo de publicidade atual sem rastrear os usuários individualmente.

"Como a CMA descobriu em seu recente estudo, as propostas do Privacy Sandbox do Google terão um impacto muito significativo em veículos como jornais e no mercado de publicidade digital", disse o presidente-executivo da CMA, Andrea Coscelli.

A CMA disse ter recebido reclamações da Marketers for an Open Web (MOW), coalizão de empresas de tecnologia e editoras, que alegam que o Google está abusando de sua posição dominante por meio das propostas.

"Criar uma web mais privada, enquanto permita a atuação de editoras e anunciantes que apoiam a internet livre e aberta, exige que a indústria faça grandes mudanças na forma como a publicidade digital funciona", disse uma porta-voz do Google.

Os cookies de terceiros desempenham um papel fundamental na publicidade digital, ajudando os anunciantes a direcionar de forma eficaz e financiar conteúdo online gratuito para consumidores, como jornais, disse a agência.

A CMA disse que trabalhará com o órgão regulador de dados do Reino Unido na investigação.

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