Wi-Fi: um terço das redes pesquisadas utilizam senhas fáceis de serem quebradas (Wikimedia Commons/Encryptedruler)
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2014 às 20h39.
São Paulo - A maioria das redes Wi-Fi domésticas no Brasil não utiliza os requisitos mínimos de segurança para evitar possíveis acessos indesejados e roubos de informação.
É o que constatou uma pesquisa da empresa de segurança Avast divulgada nesta quarta-feira, 12.
A empresa analisou a conexão sem fio de cerca de 18 000 residências no Brasil e descobriu que em 65% delas os usuários mantêm senha padrão dos roteadores para acessar as configurações básicas da rede.
Isso significa que, em tese, uma pessoa próxima ao local poderia utilizar logins e palavras-chave como admin/admin ou admin/"senha em branco" para alterar as definições do roteador.
O número está acima da média mundial, que é de 50%, e serve como um alerta para os usuários brasileiros para esta brecha de segurança.
Um terço das redes pesquisadas também utilizam senhas fáceis de serem quebradas, como endereços, nomes, número de telefone, nome da rua, entre outros termos.
E outros 30% permitem o acesso externo de outros usuários, pela web, o que torna o roteador ainda mais vulnerável.
Segundo a Avast, as redes desprotegidas estão sujeitas a ataques conhecidos como sequestro de DNS, em que um invasor altera as configurações da rede e desvia o tráfego da internet para servidores fraudulentos.
Com isso, criminoso pode redirecionar o usuário para uma página falsa toda vez que ele tentar acessar o site do banco, por exemplo, e assim roubar senhas e outros dados de acesso bancário.
“Quando você junta esses problemas, vê que é algo trivial para um hacker invadir o seu computador pela rede doméstica”, disse o americano Vince Steckler, presidente executivo da Avast, em entrevista a INFO durante uma visita ao Brasil.
“É um risco ainda maior se o usuário utiliza o mesmo dispositivo em casa e na rede corporativa. O computador de um executivo pode ser infectado e depois usado para acessar a rede da empresa”, afirma Steckler.