Pavel Durov: em 2006, ele criou o VKontakte, a principal rede social da Rússia (Reprodução/VK.com)
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2014 às 15h58.
São Paulo - Uma rede social russa pode assumir o lugar do Orkut após seu fechamento, previsto para setembro. Batizado de VKontakte (VK), o site vem conquistando cada vez mais usuários brasileiros.
O principal motivo disso é o fato do VK contar com mais de 8 mil comunidades. No passado, os grupos de discussão foram uma das principais razões do sucesso do Orkut no país. E agora, podem ajudar o VK a dar certo por aqui.
Comunidades como a Brasileiros já reúnem mais de 5 mil membros. Outras, como a Sobreviventes do Orkut, ultrapassam 6 mil participantes e discutem diversos assuntos em cerca de 200 tópicos criados até agora.
Mas se engana quem pensa que os grupos de discussão são a única atração do VK.
My Music
Wagner Ramos chegou a administrar comunidades no Orkut e entrou no VK para seguir acompanhando os grupos que migraram para rede social russa.
"A ferramenta mais legal do VK, na minha opinião, é a parte de músicas, na qual o usuário pode fazer sua playlist com as já existentes no site ou fazer upload", afirmou Ramos em entrevista a EXAME.com.
Ele não é o único a admirar o My Music, recurso que permite a qualquer um subir um arquivo de música no site e colocá-lo à disposição dos outros.
"Música no VK acabou subistituindo o Spotify", afirmou Diego Batista, em alusão ao serviço de streaming pago que estreou em maio no Brasil. Para acessar a rede social russa, Batista usa o app para smartphones - disponível em versões gratuitas para Android e iOS.
"É muito bom conversar e ao mesmo tempo escutar seu artista favorito", afirmou David Salles, que acessa o site diariamente após ter se cadastrado por indicação de amigos. Assim como ele, outros usuários elogiaram diversas funcionalidades do VK.
Funcionalidades
"É simples, direto, sem firulas", afirmou Gustavo Ferreira, que é fã das comunidades do VK.
"O VK é uma rede social com mais de 260 milhões de usuários e não tem propaganda de nada", destacou Tiago Fernandes, que entrou na rede após o anúncio do fim do Orkut.
Estudante de Tecnologia em Sistemas para Internet, Jhonny Gonçalves acessa o VK, em média, duas vezes por semana. "Com o encerramento do orkut, acredito que as pessoas irão migrar para o VK", afirma ele. Porém, nem tudo é perfeito no site.
Blogueira e administradora do site Nosso Português, Monique Paulenak considera a rede "viciante", mas afirma que o app do VK ainda deixa a desejar. "O site não censura imagens eróticas", adverte ela.
Criado em 2006 por Pavel Durov, o VK é a principal rede social na Rússia. Ainda é cedo para dizer se o site vai pegar ou não no Brasil. Porém, é bom ficar de olho. "Pode ser que o VK não venha a ser uma rede influente no Brasil, mas vai que...", resume bem Ferreira.