Raimer não classificou o Megaupload como culpado ou inocente, mas disse discordar da política do site de remunerar alguns usuários (Joel Saget/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2012 às 08h53.
São Paulo – O Rapidshare não deve ceder a pressão das associações de estúdios de cinema e de gravadoras a fim de retirar conteúdo do ar, após o bloqueio do Megaupload.
Em entrevista à revista FastCompany, o porta-voz da empresa, Daniel Raimer, declarou que, caso o Rapidshare seja fechado, o YouTube, o iCloud, o Microsoft SkyDrive e o Dropbox também devem ser.
Raimer não classificou o Megaupload como culpado ou inocente, mas disse discordar da política do site de remunerar usuários que publicam conteúdo com alta procura para download.
Ele defendeu que a tecnologia por trás do Megaupload e do Rapidshare são semelhantes, assim como a do Microsoft Skydrive e do iCloud, da Apple, o que os difere é o ponto de vista ético.
“A principal diferença é o modelo de negócio. Você está ajudando a pirataria? É a sua intenção de ganhar dinheiro atraindo piratas e chamando a atenção das associações que protegem os direitos autorais? Ou você quer ter clientes grandes e manter relações longas com eles? Isso é exatamente o que fazemos”, afirmou Raimer.
O porta-voz afirmou ainda que o Rapidshare possui um filtro que evita a republicação de conteúdos já removidos anteriormente. Ele afirmou também nunca ter falado com Kim Dotcom, o criador do Megaupload.
Na semana passada, a justiça neozelandesa concedeu liberdade condicional a dois executivos ligados ao Megaupload. Por outro lado, Kim Dotcom teve seu pedido negado. O juiz considerou que ele oferecia risco de fuga por ser milionário e possuir mais de um passaporte.