Tecnologia

Quase um quinto das crianças sofre com cyberbullying

Garotas são as mais afetadas por ofensas e difamação na internet, revela pesquisa de universidade britânica

A pesquisa britânica indica que 17% das crianças e adolescentes sofrem humilhações e difamação pela internet  (Reprodução)

A pesquisa britânica indica que 17% das crianças e adolescentes sofrem humilhações e difamação pela internet (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2011 às 09h56.

São Paulo -- Estudo realizado por cientistas da Universidade de Anglia Ruskin, na Grã-Bretanha, concluiu que o cyberbullying atinge 17% das crianças e jovens com idades entre 11 e 19 anos no país. Foram ouvidos 500 voluntários para o levantamento.

Das 247 garotas questionadas pela equipe de acadêmicos, 60 (24%) disseram ter sido vítimas de cyberbullying. Entre os meninos, 27 (10%) revelaram sofrer do mesmo abuso. Do total de entrevistados, 66% admitiram ter sentido o problema na pele ou testemunhado alguém próximo sendo agredido via internet.

Entre as vítimas do cyberbullying, um terço dos jovens disse que o cyberbullying afeta a autoconfiança. Metade afirma que os episódios de violência comprometem sua saúde mental e emocional.

As ofensas, que muitas vezes têm tom de brincadeira, atrapalham o desenvolvimento das crianças e prejudicam diretamente o rendimento escolar. Entre os jovens que confessaram sofrer cyberbullying, 29% dizem ter evitado ir ao colégio por causa das agressões e 39% destacaram problemas no processo de socialização fora da escola.

O que mais assusta pais e educadores é a baixa estatística de alunos que pedem ajuda para enfrentar a situação. Menos da metade disse que buscaria apoio na família ou com professores em caso de cyberbullying.

"Enquanto muitas interações on-line são neutras ou positivas, a internet acaba oferecendo novas ferramentas para a intimidação", diz Steven Walker, líder do estudo. "Muitos dos questionados não admitem estar sofrendo bullying na internet e outros encaram a prática como uma simples 'brincadeira ofensiva", ressalta o acadêmico.

Walker alerta para a intensificação do problema nas mídias sociais, ambientes prediletos de crianças e jovens. "É preciso que agências do governo abordem o assunto devidamente para que o cyberbullying não piore no país."

Acompanhe tudo sobre:crimes-digitaisInternetRedes sociaisseguranca-digital

Mais de Tecnologia

Netflix aposta alto em esportes ao vivo, mas não quer competir com gigantes como ESPN

Startup com tecnologia que detecta câncer de pele recebe investimento de US$ 260 milhões

Desenvolvimento de jogos para PCs atinge 80% e supera consoles

ChatGPT passa por instabilidades nesta quinta-feira