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Qual é o tamanho do império de Mark Zuckerberg?

Com 15 anos, rede social comprou rivais e copiou recursos para crescer. Agora, até seu cofundador pede melhor regulação do império

Mark Zuckerberg: CEO e presidente do Conselho do Facebook (Charles Platiau/Reuters)

Mark Zuckerberg: CEO e presidente do Conselho do Facebook (Charles Platiau/Reuters)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 10 de maio de 2019 às 05h55.

Última atualização em 10 de maio de 2019 às 05h55.

São Paulo – Qual é o tamanho do Facebook atualmente? Não é possível falar da empresa e escapar de números na casa dos bilhões. Em termos de usuários, a sua rede social registrou 2,38 bilhões de usuários ativos mensalmente no período de janeiro a março de 2019.

De acordo com dados referentes a 2018, a empresa tem teve faturamento de 55,84 bilhões de dólares no ano, o que representa crescimento de 37% em relação ao mesmo período em 2017, quando sua receita era de 40,65 bilhões de dólares. Em março, o valor de mercado do Facebook era de 460 bilhões de dólares. O número é maior do que o da Samsung Electronics, que era de 325,9 bilhões em 2018.

O tamanho do império de Mark Zuckerberg, presidente-executivo e presidente do Conselho do Facebook, foi criticado pelo cofundador da rede social Chris Hughes em um artigo para o jornal americano The New York Times. Hughes chegou a pedir o fatiamento da empresa, que diz ser grande demais e prejudicar a livre concorrência. Ele também cobra melhor regulação por parte do governo – especialmente por conta dos recorrentes casos de infração de privacidade de usuários, que levaram a empresa a receber uma multa de 5 bilhões de dólares da Federal Trade Commission dos Estados Unidos.

Ainda assim, o Facebook segue crescendo e é dono de mais aplicativos, empresas e serviços do que você imagina. Confira alguns deles a seguir para ter dimensão do tamanho real do Facebook.

Instagram

O Facebook é dono do Instagram. A compra do aplicativo, por 1 bilhão de dólares, foi anunciada em 2013. O aplicativo ajudou a empresa a converter sua base de usuários, que acessava a rede social no computador, para o smartphone.

O aplicativo tem hoje mais de 1 bilhão de usuários ativos mensalmente e já tem representatividade significativa na receita do Facebook. De acordo com a consultoria eMarketer, o Instagram teve faturamento de 9 bilhões de dólares no ano passado. A previsão é de que o aplicativo de fotos corresponda a 25% da receita total do Facebook até 2020.

Foi com o Instagram que o Facebook conteve o crescimento do rival Snapchat. Após o lançamento do Instagram Stories, o concorrente não conseguiu crescer como antes. Segundo dados divulgados em novembro do ano passado, 300 milhões de pessoas usavam diariamente essa área de fotos e vídeos que desaparecem após 24 horas. O Snapchat contou com 186 milhões de usuários diariamente no último trimestre de 2018.

WhatsApp

O WhatsApp ainda não faz girar bilhões de dólares como faz o Instagram. O aplicativo de mensagens, no entanto, é usado por 1,5 bilhão de pessoas mensalmente no mundo todo. No primeiro trimestre de 2019, 500 milhões de pessoas usaram o aplicativo diariamente. São 60 bilhões de mensagens enviadas todos os dias. O aplicativo conta ainda com uma área de conteúdos efêmeros, como o Instagram Stories. Esse recurso, chamado WhatsApp Status, também conta com 300 milhões de usuários ativos diariamente, segundo dados divulgados pela empresa em novembro de 2018.

O aplicativo já teve a cobrança de uma anuidade de 1 dólar, mas ela foi descontinuada, deixando a empresa sem dinheiro para ser representativo nos anúncios de resultados trimestrais do Facebook. No futuro, o foco da empresa será cobrar de marcas que querem se conectar a usuários por meio do WhatsApp. A revista Forbes estima que a receita por usuário será de 4 dólares em 2020.

Oculus

Lembra dos óculos de realidade virtual Rift? A empresa por trás deles, chamada Oculus VR, foi comprada pelo Facebook em 2014, por 2,3 bilhões de dólares. O mercado é promissor. De acordo com a consultoria americana IDC, as vendas de dispositivos de realidade aumentada e virtual passarão de 8,9 milhões em 2019 para 68,5 milhões em 2023.

Mark Zuckerberg contratou o brasileiro Hugo Barra (ex-Google e ex-Xiaomi) para liderar os avanços na divisão. O CEO do Facebook já disse, mais de uma vez, que acredita que o futuro das redes sociais está na realidade virtual.

Outras empresas

Durante a sua trajetória, o Facebook comprou diversas empresas para continuar a crescer. Ela adquiriu a rede social FriendFeed em 2009, e a descontinou em 2015; e a LiveRail, de tecnologia para publicidade, com o objetivo de melhorar suas ferramentas de monetização em vídeos. Em 2014, a rede social comprou a empresa de drones Ascenta, que pretende usar para levar acesso à internet a regiões remotas que não contam com infraestrutura necessária para viabilizar o uso da web.

Próximos passos

O próximo passo do Facebook é integrar as plataformas dos seus aplicativos Messenger, WhatsApp e Instagram em uma só – apesar de a empresa não ter detalhado como pretende fazer isso.

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