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Qual é a proposta de Geraldo Alckmin para a banda larga?

Veja o que pensa o candidato do PSDB sobre a expansão da internet no país

. (Adriano Machado/Reuters)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 5 de outubro de 2018 às 05h55.

Última atualização em 5 de outubro de 2018 às 11h04.

São Paulo – Para o candidato à presidência Geraldo Alckmin (PSDB), a expansão da banda larga no país deve ser abordada com educação digital, aumento da infraestrutura de acesso à internet de alta velocidade, conteúdo relevante e redução de custos. Alckmin diz que os serviços de internet são considerados caros e nem sempre atendem às expectativas dos consumidores.

EXAME realizou um levantamento com os candidatos Jair Bolsonaro, Fernando Haddad, Ciro Gomes, Marina Silva, Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles, Álvaro Dias e Cabo Daciolo para tornar públicas as suas propostas com relação à banda larga no Brasil. Responderam aos contatos da redação somente três candidatos: Haddad, Silva e Alckmin.

De acordo com dados de um estudo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), o custo da internet para as famílias brasileiras que moram na região Norte do país é o equivalente a 2,82% da renda média, enquanto é de 1,81% para famílias do Sudeste. Em diferentes classes socioeconômicas, o custo é crescente. Enquanto o gasto com internet na classe A representa 0,83%, nas classes D e E ele é de 3,90%.

O levantamento TIC Domicílios 2017, divulgado em junho de 2018, indica que 64% dos domicílios têm acesso à internet banda larga no Brasil, enquanto 25% têm acesso via conexão móvel 3G ou 4G. O relatório diz que 42,1 milhões de domicílios têm acesso à web.
https://cetic.br/media/analises/tic_domicilios_2017_coletiva_de_imprensa.pdf

Segundo testes da empresa nPerf, que monitora a velocidade da internet, a banda larga fixa no Brasil teve uma velocidade média de download de 24,77 Mbps, um aumento de 47% entre o período de janeiro e junho de 2018, puxado pela operadora Vivo, com crescimento de 55%.

Veja, a seguir, a resposta na íntegra da equipe de Geraldo Alckmin à questão sobre a banda larga no Brasil.

"No Brasil, 35% da população não acessa a internet. Entre os grupos menos conectados estão as pessoas com mais de 50 anos, os moradores das zonas rurais e os brasileiros das classes C, D e E. Trata-se de um abismo digital, que precisa ser enfrentado em quatro frentes: aumento da infraestrutura de acesso à banda larga, redução de custos, educação digital e conteúdo relevante. Em relação à infraestrutura, temos que aumentar o percentual de regiões cobertas pelo serviço de banda larga, considerando a velocidade da rede e a disponibilidade real deste serviço. De acordo com pesquisas, 39% das tentativas de acesso ao 4G pelos usuários são frustradas. A disponibilidade do acesso tem que ser real e deve atender as regiões mais remotas e carentes. Levar a tecnologia para lugares ainda sem aceso é o caminho para que o acesso à internet seja equânime. Para que isto aconteça, vamos apoiar investimentos para a ampliação da rede de fibra óptica e para instalação de antenas 4G. A redução de custos é um desafio para a expansão do uso da internet. Os serviços prestados são considerados caros e muitas vezes não atendem as demandas dos clientes. Preços de celulares, computadores e tablets também contribuem para que a população não tenha acesso as redes.

Vamos priorizar políticas que visem a democratização do acesso para que a expansão de infraestrutura não seja excludente. A expansão de cobertura deve acontecer paralelamente à inclusão da educação digital nas escolas. A educação digital deve preparar os cidadãos para esta nova era on-line, capacitando as próximas gerações para o mercado de trabalho futuro. Garantiremos que todas as escolas tenham acesso à internet, para que os alunos aprendam sobre tecnologia utilizando tecnologia. Por fim, priorizaremos ações para que o aumento do acesso à banda larga tenha como um de seus objetivos facilitar a vida do cidadão. Um cidadão conectado permite que iniciativas inovadoras e digitais do governo -- pauta conhecida como govtech – sejam efetivas. O acesso do cidadão a serviços públicos digitais economiza recursos, melhora a interação entre cidadão e Estado, além de aproximar governo e população."

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