Tecnologia

PS4 descarta modelo restritivo e ofusca Xbox One na E3

O que chamou atenção no evento da Sony foi um movimento estratégico com relação à liberdade dos usuários

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2013 às 16h34.

São Paulo - A batalha entre os consoles da oitava geração atingiu seu ápice no início desta semana durante as conferências pré-E3 de Microsoft e Sony.

Se for necessário destacar um "vencedor" neste começo da feira, o PS4 está com a vantagem - com direito a um fim de evento marcado por aplausos e comemorações entusiasmadas da plateia presente no local.

Ambas as empresas convivem com o receio dos gamers desde o anúncio de suas próximas máquinas (o PS4 em fevereiro e o Xbox One em maio).

A missão das duas companhias na E3 é provar que a solução pronta oferecida pelos consoles ainda tem potencial para ser um modelo de negócios rentável e com longa vida adiante - mesmo com a ascensão dos PCs, dos dispositivos móveis e dos jogos online.

Para gamers, sim - Após um anúncio permeado por características alheias aos games, a Microsoft e seu Xbox One estavam no centro das atenções.

A promessa para a E3 era uma apresentação dedicada aos jogos e a empresa não perdeu tempo. A abertura do evento contou com um longo trailer inédito de Metal Gear Solid V e foi valorizada pela presença do criador da série Metal Gear, Hideo Kojima.

Diversos grandes títulos, como a aguardada continuação de Killer Instinct, o novo Halo e o exclusivo Ryse: Son of Rome, fizeram com que a Microsoft concluísse a conferência de cabeça erguida, evidenciando de vez o grande potencial do Xbox One enquanto console e não apenas um centro de mídia.

Virada - Entretanto, poucas horas depois, a Sony conseguiu transformar seu evento, muito menos alardeado pela imprensa, em uma virada de mesa histórica.


Apesar dos anúncios relativos a novos jogos, como no caso da transformação de Final Fantasy Versus XIII em Final Fantasy XV, e do preço de 399 dólares (100 dólares mais barato que o Xbox One), o que chamou atenção no evento da Sony foi um movimento estratégico com relação à liberdade dos usuários.

O presidente da Sony Computer Entertaiment of America, Jack Tretton, confirmou que o PS4 não sofrerá qualquer tipo de restrição com relação aos jogos usados e que o console não precisará ser conectado periodicamente para continuar funcionando.

Embora essas duas medidas não tragam nenhuma novidade em relação às gerações anteriores, elas funcionaram como uma carta de intenções da Sony contra um novo modelo pleiteado pela Microsoft com o Xbox One, que restringe a troca de usados e exige checagens diárias de conexão.

Populismo - A Sony optou por falar dessas medidas de forma relativamente teatral, defendendo-as de forma ideológica. Tretton ressaltou os "direitos" dos gamers de trocar, vender ou "manter para sempre" os jogos que compra e tratou as "checagens online" como algo desnecessário - fazendo referência literal às medidas anunciadas pela Microsoft. O executivo foi ovacionado efusivamente em palco mais de uma vez em uma das reações de público mais memoráveis na história da E3.

E agora? - A Microsoft ainda pode virar esse jogo. A empresa já mencionou anteriormente sua abertura a alterar medidas conforme a recepção do mercado. O possível anúncio em breve de periféricos como o projetor IllumiRoom e os óculos de realidade aumentada Kinect Glasses também podem impactar profundamente o cenário atual. Considerando o Brasil especificamente, também é preciso ver o preço que a Sony dará ao PlayStation 4 por aqui. Por enquanto, o pacote principal do Xbox One no Brasil custará 2.199 reais, segundo a assessoria da empresa.

Independente da necessidade de um suposto vencedor da geração, o fato é que os consoles saíram fortalecidos deste início de E3, com ótimas revelações de novos games e características que podem dar boa sobrevida a esse tipo de produto.

Ambos os consoles chegam ao mercado no fim do ano.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble