Hackers: as descobertas acontecem em meio a uma febre de investimento em criptomoedas (Thinkstock/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 24 de janeiro de 2018 às 16h02.
Moscou - Os projetos de captação de recursos através de ofertas iniciais de moedas (ICO, na sigla em inglês) são alvos de cibercriminosos 100 vezes por mês em média, segundo um relatório que ressaltou os riscos de investir em criptomoedas.
A pesquisa, da segurança cibernética Group-IB, publicada nesta quarta-feira, foi baseada em uma análise de 450 ataques contra ICOs desde o início de 2017. Tentativas de hackers para roubar dinheiro com as ofertas de moedas aumentaram dez vezes no período.
O Group-IB também participou de estudo publicado nesta semana pela Ernst&Young, que mostrou que cerca de 400 milhões de dólares dos 3,7 bilhões de dólares arrecadados através de ICOs até o momento foram roubados.
As descobertas acontecem em meio a uma febre de investimento em criptomoedas. Há também uma crescente investigação de reguladores e investidores, alguns dos quais dizem que foram enganados ou fraudados através de esquemas de ICOs.
O Group-IB disse que as ofertas iniciais de moedas e os investidores em moedas digitais estavam particularmente em risco conforme alguns grupos que antes atacavam bancos agora também roubam cerca de 1,5 milhão de dólares por mês por meio dos chamados ataques de phishing - quando hackers usam emails e sites falsos para roubar senhas e informações pessoais.
Em alguns casos, os hackers também atacaram e redigiram os sites de projeto de ICOs, mudando a informação para que os futuros investidores enviassem seu dinheiro às "carteiras" digitais erradas.
"Muitos projetos subestimam riscos de segurança cibernética, o que leva a uma avalanche de ameaças e roubos bem-sucedidos", disse Ruslan Yusufov, diretor de serviços de clientes privados do Groupo-IB.