Tecnologia

Procon de SP notifica empresas de telefonia sobre vazamentos de dados

As operadoras deverão confirmar se houve o vazamento de dados pessoais de suas bases e, em caso positivo, explicar os motivos do incidente

Vazamento: as teles também foram indagadas sobre suas bases de dados pessoais (Getty Images/Reprodução)

Vazamento: as teles também foram indagadas sobre suas bases de dados pessoais (Getty Images/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de fevereiro de 2021 às 16h34.

O Procon de São Paulo notificou as operadoras de telefonia Claro Oi, TIM e Vivo e a empresa de segurança digital Psafe para darem informações sobre o suposto vazamento de dados de mais de 100 milhões de celulares. As empresas têm 72 horas para responder a partir desta quarta-feira, 17.

As teles deverão confirmar se houve o vazamento de dados pessoais de suas bases e, em caso positivo, explicar os motivos do incidente, detalhar quais as medidas tomadas para contê-lo e informar o que farão para reparar os danos causados pelo incidente e evitar que a falha aconteça novamente.

Já a Psafe, que já confirmou à imprensa o vazamento de quase 103 milhões de contas na dark web com informações sensíveis, deverá explicar como foi informada sobre o vazamento dos dados e o que a motivou a torná-lo público, de acordo com o Procon-SP.

A Psafe relatou que foi procurada por um hacker que se encontra fora do Brasil e está vendendo os dados vazados.

O Procon-SP quer que a Psafe esclareça como se deu o contato com o hacker que noticiou o vazamento; quais informações foram vazadas; e se o vazamento se deu apenas no ambiente conhecido como "dark web".

"Esses vazamentos são gravíssimos e permitirão que sejam aplicados muitos golpes. O Procon-SP já está investigando e pede que as pessoas tomem máxima cautela, desconfiem de tudo e jamais passem dados pessoais ou entrem em sites que não conheçam", alerta o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez.

As teles também foram indagadas sobre suas bases de dados pessoais - finalidade e base legal para o tratamento de dados pessoais, política de descarte e armazenamento dos dados - e sobre quais medidas técnicas e organizacionais são adotadas para o cumprimento das determinações da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

A LGPD entrou em vigor em setembro de 2020 para disciplinar as regras sobre o tratamento e armazenamento de dados pessoais, restabelecer ao titular desses dados o controle de suas informações e proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade.

Acompanhe tudo sobre:ClaroDados de BrasilLGPD – Lei Geral de Proteção de DadosOiOperadoras de celularProconTIMVivo

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes