Segurança digital: a Deutsche Telekom também prepara o lançamento de um aplicativo para smartphone que encripta mensagens de texto e voz (formalfallacy @ Dublin (Victor) / Flickr)
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 14h47.
Barcelona - Depois das revelações de Edward Snowden, há um crescente interesse em celulares com um atrativo central: privacidade.
O mais recente produto é o Blackphone, um celular com software Android, que encripta textos, conversas telefônicas e em vídeo a ser lançado no Congresso Mundial de Celulares em Barcelona, nesta segunda-feira.
O objetivo é atender ao mercado dos chamados produtos de gerenciamento de segurança móvel (MSM, na sigla em inglês), que foi estimado em 2013 em 560 milhões de dólares e que em 2015 deve ter o dobro desse tamanho, segundo a consultoria ABI Research.
A Deutsche Telekom também prepara o lançamento de um aplicativo para smartphone que encripta mensagens de texto e voz, o que a tornará a primeira grande rede operadora com um serviço do tipo disponível para todos os seus usuários.
Edward Snowden chamou a atenção do mundo todo quando revelou a jornais, no ano passado, que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, a NSA, estava tendo acesso a dados pessoais de usuários de empresas como Google, Facebook e Skype.
Outros vazamentos do ex-prestador de serviços da NSA, que é acusado de espionagem e vive atualmente asilado na Rússia, indicaram que os EUA monitoraram telefonemas de 35 líderes mundiais, entre eles a presidente Dilma Rousseff e a chanceler alemã, Angela Merkel.
O Blackphone é resultado da cooperação entre a empresa de software de segurança Silent Circle e a fabricante espanhola GeeksPhone.
A expectativa de analistas é que o telefone custe menos dos que os iPhones de ponta.
O serviço da Deutsche Telekom será lançado num evento em Hanover no próximo mês e será gerenciado pela alemã Sichere Mobile Kommunikation, uma provedora de serviços e equipamentos criptografados.
O número de consultas que a empresa alemã recebe de interessados aumentou cinco vezes desde os vazamentos de Snowden.