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Pressão faz Apple melhorar trabalho na China, diz jornal

Segundo o New York Times, empresa está iniciando uma mudança nas práticas de trabalho adotadas nas indústrias de eletrônicos


	Fábrica da Foxconn em Shenzhen, na China: mudanças dão conta de aumentos salariais e jornadas de trabalho reduzidas na Foxconn
 (Voishmel/AFP Photo)

Fábrica da Foxconn em Shenzhen, na China: mudanças dão conta de aumentos salariais e jornadas de trabalho reduzidas na Foxconn (Voishmel/AFP Photo)

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Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2012 às 12h47.

São Paulo – A Apple está iniciando uma mudança nas práticas de trabalho adotadas nas indústrias de eletrônicos.

De acordo com o jornal The New York Times, a transformação é positiva. As mudanças dão conta de aumentos salariais e jornadas de trabalho reduzidas na Foxconn, empresa responsável pela produção de componentes de produtos como iPhone e iPad.

A Foxconn e a Apple receberam muitas críticas por conta da mídia sobre as condições de trabalho nas fábricas. Em outubro, um jogo desenvolvido para iPhone que fazia alusão aos suicídios de funcionários foi retirado da App Store, loja de aplicativos da empresa. 14 funcionários da Foxconn saltaram do topo dos prédios em 2010.

Outra mudança foi na jornada dos empregados com 16 e 17 anos de idade. Agora, os jovens trabalhadores não poderão exercer suas funções durante as noites.

No começo deste ano, a Foxconn convocou novos funcionários para trabalhar durante 49 horas semanais. Segundo o NYT, alguns subordinados da empresa chegaram a fazer jornadas de aproximadamente 100 horas semanais.

Ainda sim, as condições dos empregados que produzem para a Apple têm muito a melhorar, segundo o jornal. A empresa não consultou organizações e especialistas para as mudanças. A Nike, por exemplo, muito criticada pelos mesmos motivos anos atrás, convocou reuniões públicas com especialistas em direitos humanos, meio ambiente e líderes empresariais para discutir como melhorar as jornadas nas fábricas.

Estas mudanças estariam forçando outras empresas de tecnologia a flexibilizar e “humanizar” as condições de trabalho. O diretor de “responsabilidade coorporativa” da Intel, Gary Niekerk, disse ao jornal que ninguém da companhia quer ver o nome na primeira página do jornal por conta de maus tratos nas fábricas.

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