O juiz David Harvey, do tribunal do distrito de North Shore, concedeu a Dotcom permissão para ele acessar a internet, gravar música e utilizar a piscina de sua mansão (Sandra Mu/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2012 às 10h42.
Sydney - O fundador de Megaupload, Kim Schmitz, mais conhecido como Dotcom, acusado pelos Estados Unidos de pirataria virtual, conseguiu nesta segunda-feira que um tribunal da Nova Zelândia flexibilizasse as condições de sua liberdade condicional.
O juiz David Harvey, do tribunal do distrito de North Shore, concedeu a Dotcom permissão para ele acessar a internet, gravar um álbum de música e utilizar a piscina de sua mansão, informou a rede de televisão local 'TVNZ'.
Schmitz, que aguarda o início de seu processo de extradição, previsto para agosto, poderá ir a um estúdio de gravação duas vezes por semana por um máximo de quatro horas cada vez.
Além disso, Dotcom também poderá ficar em sua piscina por uma hora e meia por dia. O criador do Megaupload foi preso em 20 de janeiro junto a três executivos do site como parte de uma operação internacional contra a pirataria virtual, que incluiu o fechamento de sua página na internet e apreensão de seus bens.
O magistrado também autorizou hoje os três executivos a visitarem Dotcom uma vez por semana por no máximo seis horas.
Durante a audiência de hoje, Paul Davison, advogado de Dotcom, explicou que seu cliente faz parte de um projeto musical junto 'a reconhecidos músicos internacionais'.
Os advogados dos EUA criticaram a decisão pois temem que o acusado possa fugir. Dotcom e sete executivos do Megaupload, entre eles os três diretores detidos na Nova Zelândia, serão julgados por pirataria virtual, crime organizado e lavagem de dinheiro.
As autoridades de Washington acusam o portal de download de danos a propriedade intelecutal superiores a US$ 500 milhões, e de ter obtido receitas ilegais no valor de US$ 175 milhões.