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Presidente do Twitter doa US$ 100 milhões para apoiar líderes negros

A doação acontece poucos dias depois de o Twitter ser acusado de ter algoritmos racistas e será dividida em quatro partes

Jack Dorsey: presidente do Twitter fez doação milionária para apoiar negócios de negros (Cole Burston/Bloomberg/Getty Images)

Jack Dorsey: presidente do Twitter fez doação milionária para apoiar negócios de negros (Cole Burston/Bloomberg/Getty Images)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 25 de setembro de 2020 às 09h01.

O presidente do Twitter, Jack Dorsey, doou 100 milhões de dólares para fortalecer empresas lideradas por negros. A doação foi feita por meio da fintech Square, que Dorsey é cofundador --- o valor doado é 3% do lucro que a companhia tem hoje.

O valor doado será dividido em quatro áreas: 25 milhões de dólares serão depositados para a Community Development Financial Institutions (Desenvolvimento Comunitário de Instituições Financeiras, na tradução literal para o português), instituição voltada para promover apoio financeiro a locais menos desenvolvidos e bancos liderados por negros ou demais pessoas que integram grupos minoritários (como latinos, LGBTQI+ e mulheres).

Outros 25 milhões de dólares serão investidos no The Keepers Fund, um grupo de trade que tem representatividade de instituições financeiras comandadas por minorias, além de oferecer apoio a comunidades vulneráveis.

Mais 25 milhões de dólares serão doados para a instituição The Black Economic Development Fund, que financia instituições financeiras e negócios também liderados por negros.

Por fim, os 25 milhões de dólares restantes serão voltados para programas de justiça social.

Essa não é a primeira doação que Dorsey faz para apoiar a diversidade. Em agosto, ele doou 10 milhões de dólares para o centro antirracista da Universidade de Boston. E a doação acontece poucos dias depois de o Twitter ser acusado de ter algoritmos racistas.

Mas outras companhias também estão fazendo investimentos pra apoiar negócios liderados por minorias. O banco americano Citibank anunciou recentemente que ia investir 1 bilhão de dólares para ajudar a diminuir a diferença de riquezas entre raças nos Estados Unidos. A também americana Mastercard irá investir 500 milhões de dólares para promover a inclusão financeira de pessoas negras.

Em maio, o presidente da rede social Reddit, Alexis Ohanian, pediu demissão afirmando que queria um líder negro em seu lugar. O executivo é casado com Serena Williams, a tenista número 1 do mundo pela Associação Feminina de Tênis, com quem tem uma filha de 2 anos. Além disso, ele fez uma doação de 1 milhão de dólares para o fundo do atleta Colin Kaepernick.

No Brasil, a gigante do varejo Magazine Luiza anunciou um programa de trainee voltado somente para negros. A varejista quer recrutar universitários e recém-formados de todo o Brasil para aumentar a diversidades racial em cargos de liderança --- sendo que 53% dos funcionários são pretos e pardos, mas apenas 16% deles ocupam cargos de liderança.

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