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Prédio de coleções do Instituto Butantan é reinaugurado em SP

O governo de São Paulo reabriu o prédio de coleções de animais do Instituto Butantan

instituto  (Neighty/flickr)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2013 às 06h12.

São Paulo - O governo de São Paulo reabriu nesta terça-feira (24) o prédio de coleções de animais do Instituto Butantan, que contava com a maior coleção de ofídios tropicais do mundo e em 2010 perdeu quase 90 mil serpentes conservadas em formol durante um incêndio.

O prédio de Coleções Zoológicas do Instituto Butantan foi reinaugurado com 17 mil espécies recuperadas e que são objeto de estudo para a elaboração de vacinas, para combater o veneno das próprias serpentes e anticorpos em geral.

"Nunca vamos conseguir repor tudo o que foi perdido. Os animais são insubstituíveis, pois são o testemunho de épocas e locais diferentes", declarou o curador e pesquisador do instituto, Francisco Luis Franco, que antecipou que a entidade trabalha para recuperar todas as coleções perdidas.

Segundo Franco, o instituto pode demorar dez anos para ter um acervo igual ao que perdeu e que incluía outros répteis, anfíbios e insetos venenosos.

"A perda é irreparável para o Brasil e para o mundo, mas sobraram pedacinhos que nos deixam felizes para recompô-los", declarou à Agência Efe a pesquisadora Sylvia Alma Hogi, que trabalha no instituto há 47 anos. No total, 80% dos animais do acervo foram perdidos no incêndio.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, os investimentos para reabrir o prédio do acervo foram de R$ 5,5 milhões, que incluíram a compra de novos equipamentos, modernização do edifício e sistemas de alta tecnologia para detectar incêndios, vazamento de gases e líquidos.

O acervo atual também incorporou espécies de anfíbios, répteis, aracnídeos e insetos divididos em quatro coleções para as sete salas do instituto.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que presidiu o ato de reabertura, disse que com o novo edifício o instituto passa a controlar "200%" do processo de produção da vacina da gripe no Brasil, além de pesquisas "inéditas" sobre dengue e o vírus do HPV.

Paralelo ao ato, pesquisadores do instituto protestaram nos arredores do local pedindo mais recursos para outras instalações, como a biblioteca que em 2014 completará cem anos e passa por problemas de infiltrações.

O presidente da Comissão de Saúde dos Trabalhadores e investigador do instituto, Rogério Bertani, comentou à Efe também sobre problemas do sistema elétrico e de águas e esgoto.

O diretor do Instituto Butantan, Jorge Kaslil, indicou que a reforma e restauração total será concluída em 2014, quando a instituição apresentará outras espécies em seu acervo e "novas técnicas de pesquisa" nessa área científica

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