Dilma Rousseff: a inclusão de produtos na cesta do programa estava em discussão e dependia do aval do CMN, que convocou uma reunião extraordinária para avaliar o caso (REUTERS/Celso Junior)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2013 às 09h28.
Brasília - Ao anunciar em sua conta do Twitter que havia promulgado a lei do Minha Casa Melhor, programa que financia a compra de móveis e eletrodomésticos, a presidente Dilma Rousseff atropelou nesta quarta-feira, 16, seus subordinados e incluiu produtos que ainda não estavam na cesta de itens definida pelo governo.
Pela manhã, numa série de publicações no microblog, Dilma elencou mercadorias que os beneficiários do programa habitacional Minha Casa Minha Vida podem comprar a juros subsidiados de 5% ao ano e prazos de até 4 anos para pagar.
Entre os eletrodomésticos, citou tablet e micro-ondas, dois itens que ainda não podiam ser comprados pelo cartão. Na lista dos móveis, incluiu adquirir armário de cozinha e rack.
A inclusão desses produtos na cesta do programa estava em discussão e dependia do aval do Conselho Monetário Nacional (CMN), que normalmente se reúne na última quinta feita do mês. Depois das mensagens de Dilma, porém, foi convocada para esta quarta uma reunião extraordinária do CMN para chancelar as informações dadas pela presidente a seus seguidores.
O órgão é formado pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
No Twitter, a presidente não informou que o programa seria ampliado, apenas listou os itens como se eles já fizessem parte das opções. O anúncio da decisão do CMN só foi feito depois das 19h da noite. O Ministério da Fazenda informou, por meio de nota, que a inclusão desses itens atende a uma demanda dos beneficiários.
O CMN também subiu o limite para a compra de produtos que já estavam na lista - máquina de lavar, cama de solteiro, mesa com cadeira, sofá e guarda-roupa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.