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Temendo violação de privacidade, grupos pedem bloqueio da compra do WhatsApp pelo Facebook

EPIC e CDD temem que Facebook altere termos as políticas de privacidade do WhatsApp; atualmente, mensageiro não faz uso de dados transmitidos por seus usuários

faceapp (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2014 às 10h53.

Dois grupos norte-americanos estão tentando barrar a aquisição do WhatsApp pelo Facebook nos EUA. O Electronic Privacy Information Center (EPIC) e o Center for Digital Democracy (CDD) entraram com uma reclamação formal na Federal Trade Comission (FTC), alegando que as políticas de privacidade do mensageiro são incompatíveis com as da rede social.

Os dois órgãos acreditam que essa duplicidade de políticas pode deixar os usuários sujeitos a uma mudança nos termos de uso, que acabaria com as garantias de privacidade dadas pelo WhatsApp. Com isso, o Facebook poderia ganhar acesso aos dados transmitidos pelas pessoas que usam o mensageiro, fazendo uso deles como acontece na rede social, com seus anúncios personalizados e outros recursos.

Hoje, pelo menos de acordo com os termos de uso – atualizados pela última vez em julho de 2012 –, o WhatsApp segue sem interesse nos dados compartilhados por seus usuários em mensagens no aplicativo. “O WhatsApp não coleta nomes, e-mails, endereços ou outras informações de contatos de sua agenda”, diz um trecho do longo texto.

Ele ainda descreve o processo de adição de novas pessoas como algo dinâmico, que acontece no próprio dispositivo móvel, sem que nem mesmo os números de telefone sejam enviados aos servidores da empresa. E por fim, o contrato também reforça que nenhum dado de localização é mantido pelo aplicativo e que a companhia não tem a menor afinidade com anúncios.

Logo após o anúncio da aquisição, a companhia dona do mensageiro afirmou, em um post em seu blog, que nada disso mudaria, e o WhatsApp seguiria praticamente independente do Facebook. No entanto, conforme acusa o EPIC, o novo dono do serviço costuma incorporar os dados de usuários das empresas que compra – e é justamente isso que os dois órgãos não querem que aconteça.

Segundo o site CNET, os pedidos do EPIC normalmente não ficam sem resposta do FTC. Mas, ao menos por ora, a comissão responsável por proteger os consumidores nos EUA não se manifestou quanto ao novo pedido, que segue sem ter muito valor.

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