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Polícia do Mato Grosso descobre cola eletrônica em vestibular

Candidatos utilizavam celulares escondidos em calçados e recebiam respostas através da vibração dos aparelhos

Celular acoplado no pé de candidata (Divulgação/Assessoria/PJC-MT)

Celular acoplado no pé de candidata (Divulgação/Assessoria/PJC-MT)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2010 às 12h47.

São Paulo – A Polícia Civil do Mato Grosso prendeu sete pessoas acusadas de participar de um esquema de fraude durante o vestibular da Universidade de Cuiabá (UNIC), utilizando aparelhos celulares escondidos. A fraude foi descoberta no fim de semana, por policiais disfarçados de fiscais de prova.</p>

A técnica foi utilizada durante o vestibular de medicina da universidade. Além dos chefes do esquema, mais 22 candidatos também foram detidos para prestar esclarecimentos.

De acordo com a polícia, o esquema era simples: os candidatos prendiam celulares nos pés ou sapatos e recebiam as respostas através da vibração do aparelho. Um toque resposta A, dois toques, resposta B, três C, quatro D e cinco E.

O jovem Fortunato Simões Franco, 19 anos, conhecido como “piloto”, era o líder do esquema. Ele realizou a prova primeiro e logo após, de sua residência, enviava o gabarito ao participantes da fraude através das vibrações do celular.

Na casa da namorada de Fortunato, que também realizava o vestibular, os policiais apreenderam R$ 46 mil dentro de uma mala. Outros R$ 5 mil foram encontrados dentro da cueca de Fortunato, totalizando R$ 51 mil provenientes do pagamento da compra das informações. A polícia afirma que para participar do esquema, o candidato pagava R$ 20 mil.

Os fraudadores foram presos em flagrante e levados para a delegacia. "Infelizmente é imoral, anti-ético, mas não crime, por isso os candidatos foram ouvidos e liberados", completa Ana Cristina Feldner, delegada do caso.

Em nota, a UNIC afirmou que o vestibular de medicina realizado neste final de semana (27 e 28 de novembro) não será cancelado, visto que a polícia identificou os acusados. Além disso, a Universidade afirma que todos os envolvidos serão desclassificados e que irá apurar se outros candidatos participaram do esquema.

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