São Paulo - As prostitutas estão nervosíssimas no Condado de Prince George, em Maryland, nos EUA. Tudo porque a polícia local decidiu transmitir pelo Twitter a próxima ação contra as profissionais do sexo.
Um texto publicado num blog da corporação dá conta da operação. Sem data nem local definidos, a incursão terá fotos e outros conteúdos produzidos na hora divulgados na página da polícia no Twitter com a hashtag #PGDPVice.
"Estamos usando essa tática inovadora e sem precedentes para alertar potenciais participantes que este tipo de comportamento criminoso não é bem-vindo no Condado de Prince George", afirma a corporação no texto.
Polêmica
A novidade vem gerando polêmica. Inicialmente, a Polícia de Prince George anunciou a ação no Twitter com a foto de uma mulher algemada - o que motivou críticas.
"Se não é para prender prostitutas (mas sim para salvar vítimas traficadas), por que esta foto ainda está aí?", afirmou Christina Parreira em tuíte sobre a ação policial.
Polícia no Twitter
É bom lembrar: ter polícia com página no Twitter não é privilégio do Condado de Prince George. No Brasil, a Polícia Federal e as polícias militares de Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo são algumas das instituições que também mantêm perfil na rede social.
Por aqui, a prostituição não é considerada crime, mas sim o rufianismo (ou aproveitamento de prostituição alheia). A punição para a conduta consta no artigo 230 do Código Penal.
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1. Reputação "mais do que arranhada"
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1/9 (Dado Ruvic/Reuters)
São Paulo – A diretora de Relações Públicas da IAC – empresa dona de sites como Vimeo e OkCupid – é a mais nova integrante da lista de profissionais que não seguiram as r
egras básicas de comportamento nas redes sociais e se deram mal. Confira este e outros casos marcantes, nos últimos 3 anos, de
demissões causadas por quem fala demais no
Twitter ou no
Facebook
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2. Justine Sacco
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2/9 (Arquivo pessoal/LinkedIn)
A executiva Justine Sacco já estava de malas prontas para uma viagem à África do Sul quando publicou o seguinte tuíte na sexta-feira passada: "Going to Africa. Hope I don't get AIDS. Just kidding. I'm white!" Algo como "Indo para a África. Espero não pegar AIDS. Brincadeira. Eu sou branca!", numa tradução livre. A repercussão nas redes sociais foi tão grande que a e a hashtag #JustineSacco despontou entre as s mais discutidas no Twitter. A mensagem foi apagada assim que Justine desembarcou.
Mas a demissão já era certa, mesmo com o pedido de desculpas publicado em perfil criado pela executiva no Facebook.
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3. Flávio Gomes
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3/9 (Reprodução)
Em setembro deste ano, o jornalista Flavio Gomes, então apresentador do canal esportivo ESPN, soltou o verbo contra o árbitro Jailton Macedo Freitas após discordar de um pênalti a favor do grêmio em partida com a Portuguesa. Torcedor da Lusa, o jornalista não poupou palavrões e xingamentos: "O Grêmio é um time filho da ***. Ridículo. [...] Juiz vagabundo, timinho escroto desde 1903. São muito machos no Sul. Mas adoram dar a ***", escreveu. A
ESPN demitiu o jornalista que, declarou, depois, ter se arrependido da brincadeira.
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4. Estagiárias do Senado
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4/9 (INFO/ Reprodução)
Em fevereiro deste ano, duas estagiárias do Senado Federal perderam o emprego depois de publicarem uma foto de um rato – que supostamente apareceu no local- no Facebook. O problema foi a legenda que associava o animal ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL): “E a gente achou que o único problema aqui fosse o Renan Calheiros”, escreveram as jovens.
A postagem rendeu o estágio das estudantes de administração e direito. Os nomes delas não foram divulgados, mas uma delas seria sobrinha de Joaquim Barbosa, presidente do STF, segundo reportagem do Correio Braziliense. Em nota, a coordenação de comunicação do Senado justificou a demissão das duas dizendo que elas são indisciplinadas e que, como não tratava-se de estágio sem vínculo empregatício, a desligamento fica a critério da Casa. O comunicado afirma que as estagiárias usaram o computador e a conexão com a internet do Senado durante o expediente para acessar o Facebook e divulgar conteúdo ofensivo.
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5. Anthony Weiner
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5/9 (Getty Images / Allison Shelley)
Ao tornar pública – por engano- uma troca de mensagens inapropriada no Twitter, o deputado norte-americano Anthony Weiner viu sua carreira política ir por água abaixo. Uma confusão com botões da rede social fez com que uma foto dele de cueca viesse a público. O escândalo foi tamanho (em 2011) que ficou conhecido como Weinergate e custou-lhe a cadeira no Congresso já que teve que se afastar. O deputado admitiu que mantinha conversas eróticas pela rede de microblogs com seis mulheres.
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6. Gilbert Gottfried
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6/9 (Getty Images)
Brincadeiras com tragédias sempre pegam mal, mas há quem insista em fazê-las. Gilbert Gottfried é um exemplo de comediante que perde o emprego mas não perde a piada de mau gosto. Em referência ao terromoto e tsumani que devastaram o Japão em 2011, o comediante resolveu ser “engraçadinho” e publicou na sua conta pessoal do Twitter: o Japão é realmente avançado. Eles não vão à praia. A praia vem a eles”. A piada resultou no fim do contrato do companhia de seguros Aflac, cujo mascote, um pato, era dublado pelo comediante.
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7. Alex Glikas
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7/9 (Reprodução)
Uma “demissão temporária” foi o resultado colhido pelo diretor comercial da Locaweb, Alex Gilkas, depois de perder a linha e xingar a torcida do São Paulo, em março de 2010. Apoiador do rival Corinthians, Gilkas deixou o lado torcedor falar mais alto, como ele mesmo definiu em pedido de desculpas. O detalhe era que a Locaweb tinha fechado acordo de patrocínio com o Tricolor paulista e torcida se enfureceu após ser alvo de comentários homofóbicos. A Locaweb inclusive foi citada em um dos tuítes:: “Vamo (sic) Locaweb! Timão eooo!”. Após pressão são-paulina, Gilkas foi demitido, mas
recontratado depois que a poeira abaixou, ainda no mesmo ano.
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8. Octavia Nasr
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8/9 (Reprodução)
Ao lamentar a morte do aitolá xiita Sayyed Mohammed Hussein Fadlallah, líder do Hezbollah, a jornalista Octavia Nasr parece ter se esquecido de que no seu país, os Estados Unidos, ele era considerado um terrorista e que isso poderia “pegar mal”, ainda mais para uma editora da CNN. O tuíte foi imediatamente mal recebido e a demissão veio em seguida. De acordo com a CNN, a declaração da jornalista colocava em dúvida a sua credibilidade.
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9. Também dá para ficar famoso pedindo demissão, confira:
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9/9 (Creative Commons/Flickr/cogdog)