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Polêmico ‘A Entrevista’ será lançado no YouTube

Fontes próximas à negociação disseram à CNN que rede de vídeos deve ajudar Sony Pictures na divulgação do filme; decisão vem um dia após notícia dos cinemas

inter (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 12h53.

Depois de cancelar o lançamento nos cinemas e voltar atrás, a Sony Pictures lançará o polêmico filme A Entrevista também na internet – ou, mais especificamente, no YouTube e em outros serviços de streaming e de vídeo on-demand (para "aluguel").

As informações saíram primeiro na CNN e foram depois confirmadas pela Sony e pelo Google. A rede de vídeos distribuirá o longa-metragem através de seu sistema de filmes on-demand, usado até hoje apenas por obras cinematográficas de menor porte.

E o YouTube não será o único: segundo comunicado divulgado pela NBC, a obra também sairá no Google Play, no Xbox Video e em um site da própria Sony. O aluguel do filme custará 6 dólares, e uma versão em HD poderá ser adquirida em definitivo por 15 dólares. O lançamento será feito ainda nesta quarta-feira, às 16h no horário de Brasília – mas ainda limitado ao território norte-americano.

O filme retrata uma conspiração dos EUA para assassinar o ditador norte-coreano Kim Jong-Un, o que teria despertado a ira do país e motivado o histórico ataque hacker aos servidores da Sony Pictures. A invasão fez com que a empresa parasse suas atividades por dias, e ainda resultou no vazamento de uma série de informações confidenciais.

Os hackers ainda ameaçaram realizar ataques terroristas em cinemas que exibissem especificamente A Entrevista, o que forçou o estúdio a cancelar o lançamento do filme. A medida não foi muito bem vista por Hollywood e nem pelo presidente norte-americano Barack Obama, o que parece ter influenciado essa “volta atrás” feita pela empresa.

Até a noite de terça-feira, 300 cinemas independentes dos EUA já haviam anunciado que exibiriam a comédia ainda no Natal. O YouTube e os outros serviços, além da própria Sony, portanto, reforçam a conturbada estreia, que não terá o apoio da Apple no fim das contas. Em posicionamento oficial, aliás, o Google disse que não permitiria que "um grupo de pessoas determinasse os limites da liberdade de expressão em outro país (por mais bobo que seja o conteúdo)".

 

Ainda é interessante notar que é o primeiro grande lançamento a sair, quase ao mesmo tempo, em salas de cinema e na internet de forma oficial. O filme de Seth Rogen “fura” a sequência de O Tigre o Dragão, que deve estrear em março do ano que vem nos cinemas e no Netflix.

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Atualizado às 15h30 com as informações oficiais.

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