Pockit não tem console ou gráficos e faz jogadores interagirem fisicamente (Adam Henriksson)
Gabriela Ruic
Publicado em 27 de novembro de 2011 às 07h00.
São Paulo – Se depender do designer sueco Adam Henriksson, o futuro dos games é simples e se tornará, cada vez mais, uma experiência verdadeiramente social. Com o objetivo de desafiar a indústria bilionária de jogos, o designer desenvolveu o Pockit, que não tem console nem gráficos.
Esqueça tudo o que conhece sobre games: manuais para instalação do console e a necessidade de telas de altíssima definição para ressaltar gráficos cada vez mais avançados. O Pockit é, basicamente, um controle por movimento portátil e que tem como foco a interação social entre os jogadores. O controle detecta a movimentação e localização dos usuários e responde aos comandos através da emissão de sons, luzes e vibrações.
O gadget foi projetado por Henriksson, que também contou com a ajuda do coletivo underground Copenhagen Game Collective. Ao grupo, ficou incumbida a tarefa do desenvolvimento de um jogo, especialmente para o Pockit.
Os gamers independentes do coletivo apresentaram o Johann Sebastian Joust! - A Luta de Sebastian Bach, em tradução livre. O jogo é uma espécie de batalha de espadas que acontece ao som do compositor e tem o objetivo de eliminar os jogadores que se movimentarem em desacordo com a velocidade da música, que varia de acordo com a fase da brincadeira.
“A música toca, tipicamente, em velocidade baixa, o que significa que os jogadores se movimentam em slow-motion a maior parte do tempo”, descreve Henriksson. Bom, se o game pegar, podemos esperar algumas transformações na imagem estereotípica do jogador de videogame, que passa horas solitário em frente ao computador ou televisão.