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Plataforma interativa reúne marcos da luta por direitos humanos em São Paulo

Para início do projeto, foram selecionados 20 pontos da capital paulista que ficaram marcados por mobilizações sociais

Direitos Humanos (Reprodução)

Direitos Humanos (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 06h53.

A partir de um mapa digital, a plataforma Cartografia de Direitos Humanos indica locais na cidade de São Paulo marcantes na luta e reivindicações ligadas ao tema.

O projeto foi lançado na terça-feira (4) pela Cátedra Unesco de Educação para Paz do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP).

O projeto, que pode ser acessado na página http://www.cartografiadh.iea.usp.br, também tem apoio do Ministério Público Federal e da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Para início do projeto, foram selecionados 20 pontos da capital paulista que ficaram marcados por mobilizações sociais.

Entre eles estão a Praça da Sé, onde ocorreu o Ato Ecumênico de 1975 em homenagem à Vladimir Herzog, e a Avenida Paulista, local da Marcha das Vadias, a Parada LGBT e parte das manifestações contra o aumento das tarifas do transporte público.

O Parque da Juventude, onde ficava o presídio do Carandiru, cenário do massacre de 111 presos, é outro ponto lembrado no mapa.

A cartografia deve ser ainda ampliada com o tempo a partir  das contribuições e sugestões da população.

"O projeto tem como objetivo valorizar a luta pelos direitos humanos na cidade de São Paulo e valorizar as pessoas que participaram dessa luta. Não se trata só de levar o conhecimento que a gente produz para fora dos muros da universidade, mas também trazer para dentro o conhecimento das pessoas que participaram diretamente de alguns momentos importantes da construção da cidadania", disse a coordenadora da iniciativa, Rossana Rocha Reis, que é professora da USP.

A partir da indicação no mapa é possível ter acesso a fotos, textos e depoimentos em vídeo de pessoas que participaram daquele momento histórico.

"E uma segunda fase projeto, a nossa ideia, inclusive, é colocar um marco físico nos lugares que remeta ao site", antecipa Rossana. 

Para o sociólogo Sérgio Adorno, a plataforma ajuda na expansão do tema para além da academia e dos espaços onde os direitos humanos são uma questão consolidada.

"Nosso desafio é sensibilizar mais e mais pessoas para entenderem que direitos humanos são uma agenda fundamental de direitos que deve ser aprofundada na convivência democrática", disse.

A diretora da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Amarílis Tavares, destacou a importância de se manter esse debate aceso após a apresentação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade, prevista para o fim deste ano.

"Garantir que o término do trabalho da Comissão da Verdade não seja um ponto final sobre as questões ainda pendentes na nossa justiça de transição e nosso processo democrático. Que a entrega desse relatório possa estimular outras ações".

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