Tecnologia

Pesquisadores relacionam baleias encalhadas a desnutrição

A desnutrição pode explicar o forte aumento do número de baleias que encalham na costa ocidental da Austrália, indicam cientistas

Baleia no Pacífico: baleias encalhadas sofriam de desnutrição (Robyn Beck/AFP)

Baleia no Pacífico: baleias encalhadas sofriam de desnutrição (Robyn Beck/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 13h48.

Perth - A desnutrição pode explicar o forte aumento do número de baleias jorobadas (corcundas) que encalham na costa ocidental da Austrália, indicaram nesta quarta-feira cientistas em uma conferência em Perth.

A necropsia dos cetáceos, em sua maioria espécimes jovens, mostrou que as baleias encalhadas sofriam de desnutrição, explicou Carly Holyoake, da Universidade Murdoch.

"Exames post-mortem e a análise da quantidade de gordura em amostras apontaram que a maioria das baleias jovens estavam em um estado de desnutrição grave", acrescentou a pesquisadora.

"A maioria tinha um nível de gordura muito baixo, indispensável para a energia, a regulação térmica e a capacidade de flutuar", acrescentou.

Entre 1989 e 2007, entre duas e três baleias jorobadas encalhavam todos os anos na costa ocidental da Austrália, sobretudo na parte sul.

O número aumentou para 13 em 2008 e para 46 em 2009.

Em 2010 e 2011, encalharam, respectivamente, 16 e 17 baleias.

Entre as causas da desnutrição dos cetáceos figuram a intensificação da pesca comercial de krill (para as explorações piscícolas) e a influência, ainda pouco conhecida, do aquecimento global nas quantidades de krill nas águas.

O krill é um elemento chave na dieta das baleias.

Acompanhe tudo sobre:AnimaisAustráliaEspéciesMeio ambientePaíses ricos

Mais de Tecnologia

X dá início a plano de vender nomes de usuários inativos como nova fonte de receita

Amazon testa ferramenta que usa IA para permitir compras em lojas de terceiros dentro de seu app

Amazon lança ferramenta no Kindle que ajuda leitores a relembrar de livros anteriores de séries

Exclusivo: Apple avalia expandir montagem de iPhones no Brasil para driblar tarifas de Trump