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Pesquisadores de Harvard criam robô saltador movido por pequenas explosões

O robô impresso em 3D consegue saltar até uma altura seis vezes maior do que seu tamanho

robo (Divulgação)

robo (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2015 às 11h22.

Engenheiros da universidade de Harvard desenvolveram o primeiro robô autônomo, impresso em 3D, alimentado por um composto de butano e oxigênio. E o mais assustador: ele consegue saltar e cair de pé.

O estudo, publicado na edição de hoje da revista Harvard Gazette, é de autoria de um grupo de engenheiros de microbiótica de Harvard. Nele, os autores apresentam um pequeno robô que pode pular, o que pode não parecer uma novidade para um máquina. Mas o que é realmente impressionante é o fato do robô conseguir mudar de forma, de maleável para rígido e vice-versa, e ser movimentado por uma reação entre butano e oxigênio.

Robôs rígidos e maleáveis possuem diferentes qualidades. Aqueles construídos com componentes rígidos são mais velozes, já que a parte mecânica permite que eles se movam mais rapidamente, mas também são mais frágeis. Robôs maleáveis, ao contrário, são mais duráveis, já que podem se entortar e deformar sem se quebrar. Mas eles são lentos. 

https://youtube.com/watch?v=RyFRfFPV9xI%3Ffeature%3Dplayer_embedded

Os autores do estudo, também publicado na revista Science, explicam que eles queriam construir um robô que unisse as qualidades dos dois tipos de robôs. Os componentes internos do robô são rígidos. Mas a parte externa é mole, feita de um plástico flexível e impresso em 3D, que se deforma quando sofre algum tipo de pressão, protegendo o interior que é mais frágil. Algo semelhante à proteção que os músculos e tendões fornecem para os ossos humanos.

O que alimenta os impressionantes saltos do robô são três pernas pneumáticas, que inflam para direcionar o corpo até seu alvo. Para gerar o salto, butano e oxigênio são acionados para criar uma explosão, que impulsiona a máquina até uma altura seis vezes maior que seu tamanho.

Como um dos autores diz ao Harvard Gazette, a força e capacidade de sobrevivência após grandes quedas tornam o robô perfeito para resgates, por exemplo. "O maravilhoso sobre esses robôs moles é o fato deles se comportarem muito bem quando sofrem", diz Nicholas Bartlett, engenheiro de Harvard.

Fonte: Science

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