Pesquisadores da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, estão apostando no desenvolvimento de uma inteligência artificial para criar uma nuvem mais capaz de se “adaptar” sozinha. As informações são do ZDNet, e a ideia se resume a uma rede de computadores que conseguiria regular automaticamente o uso de recursos na nuvem pública.

A pesquisa está sendo liderada pelo professor Srikumar Venugopa, e tudo começou com o grupo observando como as pessoas implantavam aplicações na nuvem. Conforme o engenheiro explicou ao site, a equipe percebeu que o fato de um servidor central estar tomando todas as decisões de gerenciamento de recursos poderia muito bem dar errado.

“Queríamos descentralizar tudo, e a dúvida que surgiu foi como os controles de uma rede assim ‘conversariam’ entre si para tomar decisões”, explicou. A solução, então, foi recorrer a um sistema de aprendizado reforçado (ou "reinforced learning", no nome em inglês do conceito de IA), nas palavras do ZDNet. Seria algo como um substituto ao atual modelo, baseado em regras e padrões de comportamento, adotado por empresas para definir quando ligar ou desligar um servidor virtual.

Em resumo, a ideia seria fazer com o desempenho das aplicações hospedados em cada um desses servidores virtuais fosse monitorado por um controlador. Caso muitos usuários começassem a sobrecarregar uma aplicação, a unidade responsável “chamaria” outras para ajudar, definindo automaticamente como e de onde viriam os recursos para lidar com a demanda mais alta. Em um cenário mais "imaginativo", seriam como robôs conversando entre si para descobrir quais estão menos atarefados – e prontos para serem deslocados de suas funções.

Venugopa afirmou ao ZDNet que espera tornar realidade essa computação em nuvem elástica com o uso de IA. No entanto, ainda faltam algumas correções no funcionamento antes de levar o conceito para o mercado – os pesquisadores precisam descobrir como parar uma máquina virtual configurada de forma incorreta, por exemplo.