Julian Assange: "Achamos que Assange tem boas razões para temer sua extradição a Suécia" explica a carta (Oli Scarff/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2012 às 18h23.
Redação Central - Os cineastas Michael Moore, Oliver Stone e Danny Glover; as escritoras Naomi Wolf e Jemima Khan, e o intelectual Noam Chomsky são algumas das 5 mil pessoas que assinaram a carta que pede para o presidente do Equador, Rafael Correa, conceder asilo político ao fundador de Wikileaks, Julian Assange.
A carta foi escrita através da plataforma digital Just Foreign Policy, uma organização independente que avalia a política externa americana, e ainda está aberta para receber mais assinaturas de apoio a Assange em site.
"Achamos que Assange tem boas razões para temer sua extradição a Suécia, já existe uma alta probabilidade de que na Suécia ele seja preso e, então, extraditado aos Estados Unidos", explica a carta que conta com assinaturas de acadêmicos, diplomatas, intelectuais, economistas, advogados e pessoas de todo o mundo.
O fundador do Wikileaks se refugiou na última terça-feira na embaixada do Equador em Londres e pediu asilo para evitar sua extradição a Suécia, onde é acusado de ter cometido delitos sexuais, depois que o tribunal britânico deu sinal verde a sua entrega.
Desde então, o presidente do Equador, Rafael Correa, trata o assunto com o embaixador do país andino em Londres, mas ainda não anunciou nenhuma decisão a respeito, já que, como disse na última sexta, usará "o tempo que achar necessário" para analisar "todas as causas deste pedido de asilo".
"O crime que ele cometeu foi ter praticado o jornalismo. Revelou grandes crimes contra a humanidade cometidos pelo Governo dos Estados Unidos, especialmente ao publicar um vídeo que mostra os militares americanos matando deliberadamente a população civil, incluindo dois funcionários de Reuters", explica a carta que o diretor da organização, Robert Naiman, entregou em mãos do presidente equatoriano.
"Estas são razões pelas quais vosso Governo deveria oferecer asilo político ao senhor Assange", concluem os signatários na carta.