Objeto em 3D é criado em uma tela: segundo John Taylor, da LG, o 4K deve ajudar a valorizar o 3D (Robert Galbraith/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2014 às 19h45.
Las Vegas - Há três anos, o 3D foi a grande tecnologia da NAB, o evento anual da associação de radiodifusores dos Estados Unidos, que acontece em Las Vegas. Todos os grandes fornecedores apresentaram soluções para a produção e distribuição de conteúdos em 3D.
Naquele ano, a oferta de televisores com capacidade 3D também cresceu substancialmente, chegando a quase todos os modelos flat screen topo de linha.
O cenário parecia perfeito para o crescimento do conteúdo em três dimensões, mas, no final, o consumidor não abraçou a tecnologia.
Mesmo assim, nem a indústria de eletrônica de consumo e nem os produtores e distribuidores de conteúdo acreditam que a tecnologia 3D esteja com seus dias contatos.
Em um painel na NAB, que acontece esta semana, Darcy Antonellis, do provedor de serviços de distribuição de vídeo multiplataforma Vubiquity, apontou que há algum espaço ainda para o 3D, mas é preciso descobrir onde o 3D faz sentido.
"O que é o conteúdo que estou assistindo e esse conteúdo se valoriza com uma experiêrncia em 3D? Esse tipo de pergunta precisa ser feita", disse a executiva.
Para ela, em alguns casos o uso dos óculos para ver o conteúdo em 3D pode ser um limitador. "Tudo ficaria mais fácil com aquelas telas 3D que não necessitam de óculos", disse.
A tecnologia, no entanto, não chegou a um nível de qualidade satisfatória e, aparentemente, os esforços em pesquisa e desenvolvimento dos fabricantes de televisores dirigiu-se, mais recentemente, para o vídeo em 4K.
Segundo John Taylor, da LG, o 4K também deve ajudar a valorizar o 3D. "A experiência em 3D com Ultra HD é incrível. Com uma tela maior, você tem o benefício da resolução que aproxima a experiência da TV à do cinema. O 3D não está morto e encontrará um novo caminho com o 4K", disse o executivo.