Ebola Banco Mundial (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2014 às 12h43.
O presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim, afirmou nesta segunda-feira que a luta contra o vírus do ebola requer "pelo menos" US$ 1,8 bilhão e ressaltou que é imprescindível financiar esse combate sanitário desde já para evitar uma catástrofe maior.
"Foi pedido US$ 1,8 bilhão por enquanto e acho que será isso pelo menos, ou provavelmente mais. Não é questão de sentar e pensar quanto dinheiro é necessário, mas de pôr o dinheiro já. Porque o que vai acontecer é que, conforme o número (de afetados) vai crescendo, o custo também vai", declarou Yong Kim em entrevista divulgada hoje pela emissora "France 24".
Ele acrescentou que "um dólar investido hoje é muito melhor" porque evitará "ter de investir 4, 5, 10, 15 ou 20 dólares mais adiante". Por outro lado, não se mostrou favorável a fechar as fronteiras dos países afetados.
"Fechar as fronteiras não é uma maneira efetiva de deixar o ebola fora de algum país. Em alguns países vizinhos, as fronteiras estão mal definidas. Além do mais, acho que vai ser difícil impedir todo mundo de atravessar as fronteiras", disse.
Para Yong Kim, um dos perigos é que se foquem em fechar as fronteiras e não em garantir que os três países mais afetados (Libéria, Serra Leoa e Guiné) tenham "tudo o que necessitam para conter a epidemia".
"Se cometermos esse erro, isso poderia se transformar em uma catástrofe muito maior", afirmou.
Nesse sentido, avaliou positivamente os esforços de alguns países na cooperação com Médicos sem Fronteiras e com a Cruz Vermelha.
"Estamos agradecidos aos Estados Unidos, Reino Unido e França, mas agora todos têm que se somar. Temos que colocar os funcionários da saúde lá para manter isso controlado", disse.