Tecnologia

Para a Oi, mercado de telecom tem espaço para crescer

Questionado sobre a desaceleração do crescimento da ativação de linhas móveis, Francisco Valim, presidente da empresa, descartou que o País esteja atingindo um "teto"


	Valim, presidente da Oi: o setor de telecomunicações, proporcionalmente, "não é o serviço que causa os maiores problemas aos usuários"
 (Fabiano Accorsi/EXAME.com)

Valim, presidente da Oi: o setor de telecomunicações, proporcionalmente, "não é o serviço que causa os maiores problemas aos usuários" (Fabiano Accorsi/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2012 às 17h10.

São Paulo - O presidente da Oi, Francisco Valim, avaliou nesta sexta-feira que o mercado de telecomunicações no Brasil ainda tem espaço para crescer. O problema, porém, está na rentabilidade da prestação dos serviços. "O mundo ideal seria mantermos nossa base de clientes e aumentar a rentabilidade. Esse seria o paraíso, mas infelizmente essa não é a dinâmica do setor", afirmou, após participar de cerimônia de inauguração de um novo prédio da empresa, localizado na zona Sul de São Paulo.

Questionado sobre a recente desaceleração do ritmo de crescimento da ativação de linhas móveis, ele descartou que o País esteja atingindo um "teto", em termos de linhas por habitantes. A telefonia móvel alcançou no País, ao final de setembro, 258,861 milhões de linhas ativas, com uma teledensidade de 131,56 acessos por 100 habitantes.

"O acréscimo de novas pessoas, ascendendo a uma condição que não tinham antes (de consumo), tende a elevar este teto", afirmou. Valim acrescentou que a expectativa, porém, é de um aumento, especialmente, de serviços de dados de banda de larga. "A voz continua crescendo, pelo aumento do numero de usuários, mas dados cresce mais rapidamente", ressaltou. Sobre os serviços de voz, ele argumentou, por outro lado, que os minutos em uso ainda tem espaço para crescimento. "O limite da voz é número de horas do dia", brincou. "Mas ninguém consegue falar por 24 horas", completou. 


Anatel- O executivo comentou sobre a recente suspensão das vendas de novas linhas por parte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que também atingiu a Oi. "Nós não só apresentamos um plano robusto à Anatel, como estamos prestando contas mensalmente sobre o andamento do plano", afirmou.

Segundo ele, o setor de telecomunicações, proporcionalmente, "não é o serviço que causa os maiores problemas aos usuários". Ele justificou que, apesar do alto número de reclamações registrado por órgãos de defesa do consumidor, o setor cresceu muito nos últimos anos, por ser um serviço essencial, com o ingresso de novas tecnologias.Em relação à Oi, ele avaliou que, se for considerado o aumento da base de usuários e a estabilidade das reclamações em órgãos de defesa do consumidor, a prestação dos serviços, "na realidade, até melhorou".

Smartphones - Sobre a desoneração de tributos para smartphones, prevista para chegar ao consumidor até o final deste ano, segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, Valim disse que não muda em nada para a empresa. "Este benefício não é para operadora, mas para o varejo. O custo da operadora não é com o aparelho, mas com o subsidio. O quanto se paga para um clientes usar o aparelho no nosso pacote", disse.

Acompanhe tudo sobre:3GBrasil TelecomEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas portuguesasOiOperadoras de celularServiçosTelecomunicaçõesTelemar

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes