Tecnologia

Para a Easy Taxi, 2014 é o ano do pagamento digital

Após lançar ferramenta que monitora custos, fundador revela planos do aplicativo ligados a pagamento via celular, Copa e apps de carona

Tallis Gomes, fundador do Easy Taxi: "Teve chefe financeiro com vontade de me abraçar quando conheceu a novidade", sobre Easy Taxi Corporate (Fernando Cavalcanti/Easy Taxi)

Tallis Gomes, fundador do Easy Taxi: "Teve chefe financeiro com vontade de me abraçar quando conheceu a novidade", sobre Easy Taxi Corporate (Fernando Cavalcanti/Easy Taxi)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de abril de 2014 às 08h54.

São Paulo - O app Easy Taxi lançou hoje um serviço voltado para empresas que querem monitorar seus gastos com viagens de táxi. Batizada de Easy Taxi Corporate (ETC), a novidade está inicialmente disponível só em São Paulo e promete reduzir custos em até 40%.

O ETC chega em bom momento para startup - que fechou 2013 com a marca de 5 milhões de viagens realizadas. Criada em 2012, a Easy Taxi está hoje em quase 100 cidades de mais de 20 países de quatro continentes e tem cerca de 100 mil taxistas cadastrados.

Para comentar esses números e antecipar outros, EXAME.com conversou com Tallis Gomes, um dos fundadores do Easy Taxi e atual presidente-executivo.

Na entrevista, ele explicou como funciona o ETC, falou sobre pagamentos móveis e comentou outros assuntos - como os apps de carona que estão chegando ao Brasil.

Leia aqui alguns trechos do bate-papo:

EXAME.com - O que é o Easy Taxi Corporate?

Tallis Gomes - O Easy Taxi Corporate (EAC) é uma solução que permitirá a gestores o melhor controle das viagens de táxi feitas pelos funcionários. Isso pode proporcionar economia de até 40% para a empresa e é a nossa grande aposta em 2014. Teve chefe financeiro com vontade de me abraçar quando conheceu a novidade.


EXAME.com - Como funciona o serviço?

Tallis Gomes - Com a nova ferramenta, o gestor vai poder saber quem viajou de onde para onde quando e por quanto. Hoje, existem empresas que tem pessoas dedicadas a isso e uma solução como essa resolve o problema de forma prática. Além disso, o EAC torna possível pagar viagens agendadas via Easy Taxi com boletos eletrônicos.

EXAME.com - Qual é a importância dos pagamentos via celular para vocês?

Tallis Gomes - A gente se orgulha de ter popularizado o pagamento móvel no Brasil. No fim das contas, é uma solução mais segura para o taxista e mais cômoda para o passageiro. É uma tendência que deve começar a crescer no mundo. E a gente acredita que 2014 será o ano do pagamento digital.

EXAME.com - E que novidades nesse sentido vêm por aí?

Tallis Gomes - Em lugares como a Coreia do Sul, onde estou, o governo já obriga os taxistas a oferecerem suporte para pagamento com cartão de crédito e por smartphones via NFC (tecnologia de envio de dados por proximidade). No Brasil, isso ainda deve demorar pelo menos uns cinco anos - mas vai acontecer.

EXAME.com - Mas os problemas com internet móvel no país não podem atrapalhar isso?

Tallis Gomes - A infraestrutura é um problema claro hoje no Brasil. No nosso caso, o buraco é menos embaixo - já que cerca de 90% das transações passam sem problemas. Mas estamos sempre estudando soluções técnicas que possam melhorar isso - como tecnologias de envios de dados por som, por exemplo.

EXAME.com - E como vocês estão se preparando para a Copa?

Tallis Gomes - Desde a nossa criação, estamos voltados para isso. Por maior que seja a demanda, eu acredito que a gente deva conseguir atender. Nossa presença em outros países faz com que sejamos conhecidos dos turistas que virão e temos um investimento permanente nos taxistas que garante a qualidade e evita tragédias.

EXAME.com - Há um cuidado especial na escolha de motoristas?

Tallis Gomes - Por lei federal, só taxistas podem fazer transporte remunerado de até sete pessoas. Na Easy Taxi, trabalhamos com taxistas - ou seja, pessoas registradas e sujeitas à lei. É certo que há carros particulares que atendem passageiros. Mas isso é crime, apesar da vista grossa de algumas prefeituras.


EXAME.com - Como isso se relaciona com os apps de carona que estão surgindo?

Tallis Gomes - Eu enxergo tudo isso com muita desconfiança. Para mim, parece uma tentativa de driblar a lei. O táxi é uma concessão pública - com licenças que chegam a custar R$ 100 mil. Logo, a concorrência de uma ferramenta desse tipo não é justa. Mas acredito que o mercado vai decidir quem é melhor nessa história.

EXAME.com - Quais são os principais números do Easy Taxi hoje?

Tallis Gomes - O Easy Taxi tem hoje mais de 100 mil taxistas cadastrados. Quase toda semana estamos numa cidade nova e assim já atendemos de 90 delas - espalhadas por 26 países de quatro continentes. E fechamos 2013 com a marca de 5 milhões de corridas realizadas.

EXAME.com - E quais são as metas da empresa para o futuro?

Tallis Gomes - Já estamos praticamente em todas as capitais e nossa meta é alcançar a marca de 100 cidades até março. Outro objetivo é chegar a 50 países. Brinco que nossa expansão é como jogar War. Queremos provar que o Brasil é também o país da tecnologia e não só do samba e do futebol.

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