O laptop predomina como dispositivo computacional pessoal, mas, para algumas pessoas, o tablet já é o computador principal (Alicja Stolarczyk / SXC)
Maurício Grego
Publicado em 15 de abril de 2013 às 16h29.
São Paulo — Um estudo divulgado nesta semana pela CVA Solutions aponta que, em 56% das residências brasileiras que possuem computadores, a máquina principal é um notebook. Em 42% delas, é um desktop; e, em 2%, um tablet. O estudo também revela as marcas preferidas pelos brasileiros.
Os dados confirmam o que o notebook tomou o lugar do desktop como o computador principal dos brasileiros, fato que vem sendo apontado por outras pesquisas desde 2011. Os números também mostra que o tablet começa a emergir como alternativa aos computadores tradicionais.
Para chegar a esses resultados, a CVA entrevistou 7.134 usuários em todo o país. A empresa havia feita uma pesquisa semelhante em 2010. Naquele ano, o desktop era o computador principal para 67% dos usuários. O notebook cumpria esse papel para apenas 33% deles e o tablet ainda não aparecia entre os resultados.
O estudo da CVA avaliou a percepção que os consumidores têm dos fabricantes de duas formas. A primeira métrica, a força da marca, indica a atração que a marca exerce menos a rejeição que ela provoca no público.
Entre os fabricantes de laptops, a marca Dell tem a maior força, 19,8%. Em seguida vêm a Apple, com 18,3%, e a Sony, com 13,5%. A Dell também lidera em desktops, com 16,7%. Em segundo vem a Apple, com 14,4%; e, em terceiro, a Samsung, com 8%. Em tablets, a Apple lidera com 56% seguida pela Samsung com 11,8%.
Outra avaliação feita pela CVA é do valor percebido, a relação custo/benefício vista pelos consumidores. Nesse quesito, entre os fabricantes de laptops, há empate entre Samsung, Apple e Sony. As três tiveram nota 1,06, com ligeira vantagem para a Samsung quando se consideram mais casas decimais. A Samsung também é líder em valor percebido de tablets, com 1,03. A Apple vem em segundo lugar com 1,01.
“Podemos dizer que a Samsung é o bicho papão do setor e está alcançando sua última fronteira, já que é muito forte no mercado de aparelhos celulares e televisores, e agora se destaca também em computadores”, afirma Sandro Cimatti, sócio diretor da CVA, num comunicado da empresa.
Os fabricantes nacionais tiveram resultados ruins tanto em força de marca como em valor percebido. “Está muito evidente pelo estudo que a indústria nacional não está conseguindo competir em qualidade nesse setor de computadores”, diz Cimatti.
A Apple tem maior valor percebido em desktops, 1,1. O detalhe curioso é que muitos brasileiros acham que a melhor maneira de ter boa relação custo/benefício é montar seu próprio computador. Em segundo lugar em valor percebido de PC de mesa, vem a opção montagem própria com nota 1,06.
“A montagem própria vem se mantendo em boa posição nos últimos quatro anos e continua tendo bom valor percebido”, diz Cimatti.