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Papa aposta nas redes sociais como espaço para evangelizar

Porém, Bento XVI advertiu sobre a necessidade do diálogo e que o debate seja feito com respeito e resguardando a intimidade da pessoa


	Bento XVI: o papa possui conta no Twitter em nove idiomas, onde é seguido por mais de 2 milhões e meio de pessoas
 (©AFP / Vincenzo Pinto)

Bento XVI: o papa possui conta no Twitter em nove idiomas, onde é seguido por mais de 2 milhões e meio de pessoas (©AFP / Vincenzo Pinto)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2013 às 10h56.

Cidade do Vaticano - O papa Bento XVI aposta nas redes sociais como espaços para a nova evangelização, como "ágoras" para que as pessoas compartilhem ideias, mas advertiu sobre a necessidade do diálogo e que o debate seja feito com respeito e resguardando a intimidade da pessoa.

O pontífice fez essa declaração em uma mensagem divulgada por conta da 47ª Jornada Mundial das Comunicações Sociais, que será realizada em 12 de maio de 2013, confirmada pelo Vaticano nesta quinta e que tem como lema "Redes Sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços para a evangelização".

O papa - que possui conta no Twitter em nove idiomas, onde é seguido por mais de 2 milhões e meio de pessoas - afirmou que as redes sociais contribuem para que surja uma nova "praça pública" onde as pessoas compartilhem ideias, informações, opiniões, e onde, além disso, nascem novas relações.

"Estes espaços, quando são bem avaliados e de maneira equilibrada, favorecem formas de diálogo e de debate realizados com respeito, resguardam a intimidade e interesses pela verdade, reforçam os laços de unidade entre as pessoas e promovem a harmonia da família humana", ressaltou.

O pontífice acrescentou que os contatos entre as pessoas podem se transformar em amizade e que por ele, os usuários das redes sociais devem se "esforçar para serem autênticos", porque nestes espaços "não são compartilhadas apenas ideias e informações, mas os próprios usuários são objeto da comunicação";

O bispo de Roma destacou que a cultura das redes sociais e as mudanças nas formas de comunicação supõem um desafio para os que desejam falar de verdade e de valores e denunciou que frequentemente o signifcado e a eficácia das diferentes formas de expressão "parecem determinados mais por sua popularidade do que por sua importância".


Bento XVI denunciou que, às vezes, "a voz discreta" da razão é sufocada pelo barulho de tanta informação e não consegue despertar a atenção que é reservada, por outro lado, aos que se expressam de maneira mais persuasiva".

Por isso, segundo disse, as redes necessitam do compromisso "de todos aqueles que tem consciência do valor do diálogo, do debate e da argumentação lógica".

Bento XVI também destacou que os crentes estão convencidos de que se o Evangelho não for conhecido também no ambiente digital, "pode ficar de fora do âmbito da experiência de muitas pessoas".

O papa acrescentou que o ambiente digital não é um mundo paralelo ou puramente virtual, mas faz parte da realidade cotidiana de muitos, especialmente dos mais jovens.

Para o pontífice, a utilização das novas linguagens pelos crentes é necessária não somente para acompanhar a passagem do tempo, mas também para permitir que o Evangelho "possa alcançar as mentes e os corações de todos".

Bento XVI pediu que os fiéis mostrem o Evangelho de maneira paciente, respondendo com disponibilidade e respeito às perguntas e dúvidas dos demais.

O bispo de Roma considerou que as redes sociais podem ser também um fator de desenvolvimento humano em alguns contextos geográficos e culturais nos quais os cristãos se sentem isolados e permitem compartilhar os recursos espirituais e litúrgicos.

O Dia Mundial das Comunicações Sociais foi criado pela Igreja há 47 anos para refletir sobre a importância e a influência dos meios de imprensa no mundo atual e é celebrado todos os anos no domingo antes de Pentecostes.

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