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Pacificações de favelas no Rio serão monitoradas em tempo real

A proposta é instalar câmeras de alta resolução nos uniformes dos soldados e também em veículos e transmitir as imagens ao Comando do Exército

Favela (Reuters)

Favela (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 12h50.

As ações dos militares que estão atuando no processo de pacificação do complexo de favela da Maré, no Rio de Janeiro, passarão a ser monitoradas por meio de imagens que serão transmitidas em tempo real ao Comando do Exército, em Brasília. A proposta, anunciada hoje (29) na capital federal, é instalar câmeras de alta resolução nos uniformes dos soldados e também em veículos, e transmitir as imagens usando a frequência 700 megahertz (MHz), a mesma que será destinada à rede 4G.

Durante evento para debater o uso de bandas da frequência de 700 MHz para a área de defesa e segurança das infraestruturas críticas, o comandante do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, general Carlos Roberto de Souza, disse que a medida faz parte da expansão dos testes relacionados ao uso da frequência 700 MHz na área de segurança, iniciados em Brasília, em 2012.

De acordo com o general, os estudos para uso do sistema devem estar concluídos até a primeira quinzena de maio, mas ele não antecipou quanto será o início das operações online na Maré. A implementação da infraestrutura necessária será feita pela empresa Motorola, em parceria com o Exército. A empresa disse que deve investir entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão no processo.

"A demanda por dados e imagens é muito grande, fruto da realidade do emprego da tropa na comunidade da Maré. Devemos implantar um teste operacional similar ao que temos em Brasília, desde 2012, para atender a essa necessidade. Há [também] o interesse de ter uma cobertura onde são realizadas as grandes manifestações no Rio, como na Avenida presidente Vargas, na Central do Brasil e no Maracanã", explicou o general.

As imagens, segundo o general, poderão ser usadas para planejamento das operações e também como prova nos casos de conflito envolvendo os militares. "Está sendo uma ação de pacificação muito mais sensível e as imagens vão permitir que não haja dúvida quanto ao que está ocorrendo e darão maior proteção ao militar que está no front", observou o Souza.

"A nossa experiência com o emprego do LTE [sigla em inglês para Long Term Evolution, uma tecnologia 4G] em Brasília, feito pela Motorola, ampliou a capacidade operacional e a eficácia dos nossos militares na Copa das Confederações e em exercícios", pontuou o general. "Para a missão que o Exército está desempenhado na Maré, é fundamental."

Editor Davi Oliveira

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