Data center e a nuvem: serviço virtual reduz custos de infraestrutura (iStockPhoto)
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 09h11.
Quem imagina os data centers como ilhas rígidas deve pensar duas vezes. Fundamentais para tendências como big data e mobilidade, essas instalações vivem mudanças incontornáveis em busca de flexibilidade e eficácia.
O novo impulso da indústria se reflete nos data centers virtuais. Esses ambientes, projetados com a aptidão de unir a flexibilidade da nuvem à solidez das hospedagens tradicionais, geram redução dos gastos com infraestrutura.
Um passo à frente da abordagem convencional, restrita a processamento e memória de servidores, as soluções de data center virtual incorporam elementos como storage (armazenamento de dados) e redes (roteadores). Elástica, a tecnologia oferece, ainda, recursos sob medida para as necessidades de cada negócio, que paga apenas por aquilo que consome. É a chamada infraestrutura como serviço (IaaS), que permite a contratação de computadores virtuais. Para Henrique Cecci, diretor de pesquisas do Gartner, ao eliminar necessidades de investimentos em equipamentos e outras infraestruturas, a IaaS derruba a barreira que impede empresas com menos recursos de modernizar seus sistemas. “A adesão à nuvem e à IaaS é incontornável para negócios de qualquer tamanho”, afirma o executivo.
Já as questões de segurança e inviolabilidade da nuvem são beneficiadas pela competição entre fornecedores, entre eles as empresas de telecomunicação, segundo Bruno Tasco, analista da Frost & Sullivan. “A segurança oferecida pela telco começa pela conectividade e permeia a operação inteira, possibilitando a previsão de ataques”, completa.
Especialistas apontam, ainda, que outro avanço dos data centers virtuais é o fato de oferecerem uma “solução ponta a ponta”. Trata-se de um diferencial significativo diante de fornecedores tradicionais de infraestrutura como serviço, dependentes de terceiros para prover conectividade ao longo de toda a solução.
A transformação do setor caminha a passos rápidos, mas ainda há espaço para o mercado crescer. Segundo a pesquisa Indicadores da Empresa Conectada, da consultoria Teleco, 64% das empresas brasileiras armazenam suas informações em servidores próprios.