Tecnologia

Os benefícios da WiiRehabilitation

Pacientes com sequelas de AVC, de Parkinson e de TRM utilizam o videogame da Nintendo para terapia intensiva

Resultados foram tão bons que a WiiRehabilitation ganhou o seu espaço dentro dos hospitais. Tratamento está no Brasil há três anos (Jecowa / Wikimedia Commons)

Resultados foram tão bons que a WiiRehabilitation ganhou o seu espaço dentro dos hospitais. Tratamento está no Brasil há três anos (Jecowa / Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2011 às 14h43.

São Paulo - A realidade virtual vem crescendo cada vez mais no mundo inteiro e graças a ela a monotonia dos atendimentos de fisioterapia está se tornando mais escassa. Com o avanço da tecnologia, os videogames foram evoluindo proporcionando jogos cada vez mais reais o que faz a população ter um interesse maior sobre este aparelhinho, que antes era abominado pelo fato de incentivar o sedentarismo. Hoje, a realidade é outra, os videogames estão muito mais interativos a ponto de não precisarmos mais de controles para nos divertir, pois com os sensores existentes nos aparelhos é possível a captação de nossos movimentos e, com isso, é possível fazer uma atividade física, ou seja, deixar o sedentarismo de lado.

Este tipo de entretenimento começou com o crescimento da WiiRehabilitation, no Canadá, por volta de 2006, onde os pacientes com sequelas de AVC (Acidente Vascular Cerebral), de Parkinson e TRM (Trauma Raqui-Medular) faziam uso da terapia para que os movimentos fossem reconquistados ou, então, aprimorados.

A WiiRehabilitation já está no Brasil há três anos. Ela foi iniciada em atendimentos ambulatoriais, ou seja, em clínicas de fisioterapia para diversos tipos de tratamento como, por exemplo, pós-operatórios de cirurgias ortopédicas, reabilitação vestibular, condicionamento cardiorrespiratório, dentre outras tantas infinidades de opções.

Os resultados foram tão bons que a WiiRehabilitation ganhou o seu espaço dentro dos hospitais, ou seja, nas unidades de internamento, nas unidades de terapia intensiva. Mas como assim? Pacientes jogam videogame no hospital? Tem um videogame para cada paciente?

As respostas são: SIM e NÃO. Os pacientes jogam sim videogame no hospital, com o objetivo de mobilizá-los mais, prevenir a imobilidade no leito, condicionar o sistema cardiorrespiratório, trabalhar o equilíbrio, ganhar força muscular, ganhar amplitude de movimento das articulações e, o principal, proporcionar mais diversão durante todo o atendimento da fisioterapia. Os pacientes, então, aderem muito mais ao tratamento.

Agora, não é possível ter um videogame para cada leito. Então, um carrinho foi criado para que o videogame pudesse percorrer por todo o hospital. Assim, é possível atender os pacientes das UTI´s, das unidades de internamento e do ambulatório.

O carrinho é composto de três compartimentos. No primeiro, é o espaço para a televisão junto com o sensor de movimento; no segundo, é o local onde ficam o videogame, seu controle e sua plataforma de movimento, ou balance board; e, no terceiro, há um espaço para que sejam colocados outros objetos que podem auxiliar na terapia da WiiRehabilitation, como caneleiras, bolas, halteres. Esta ferramenta foi elaborada através de uma parceria entre a Faculdade Inspirar e o Hospital Vita tornando-se uma ideia pioneira em âmbito hospitalar no Brasil.

O carrinho possui rodinhas em baixo dele e puxadores nas suas laterais para que esse possa ser levado por todo o hospital. Houve uma preocupação muito grande na hora de mandar fazer o carrinho com os fisioterapeutas que fossem utilizá-lo em suas terapias. O carrinho não poderia ser muito pesado, as rodinhas teriam que ter um bom deslizamento no solo, tudo isso pensando no bem estar do colaborador e, claro, na praticidade de estar realizando uma boa terapia durante todo o hospital.

A WiiRehabilitation é uma terapia muito bem quista pelos pacientes e pela equipe clínica, mas ela não seria possível se não fosse esta ferramenta tão importante que é o seu carrinho, sem ele não teríamos a praticidade de poder levar não só um tratamento, mas sim, uma diversão para cada paciente.

*Juliana Thiemy Librelato é fisioterapeuta Faculdade Inspirar

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